A polícia da Nova Zelândia abandonou na terça-feira (9) seu projeto de patrulhas com agentes armados, lançado após o atentado de Christchurch no ano passado, temendo que possa levar a um aumento da violência policial.
Na Nova Zelândia, a polícia patrulha as ruas sem armas. Depois dos atentados de março de 2019 em duas mesquitas de Christchurch, nos quais um supremacista branco australiano matou 51 pessoas, uma reforma foi decidida, porém, de modo a permitir uma intervenção rápida.
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A ideia de patrulhas armadas não despertou entusiasmo geral e causou receios nas comunidades maori e do Pacífico. Ambas são frequentemente confrontadas pela polícia.
"Você só precisa olhar para os Estados Unidos para perceber que as coisas podem acabar mal com uma polícia militarizada", afirmou o líder dos Verdes da Nova Zelândia, Marama Davidson.
A primeira-ministra Jacinda Ardern também se mostrou "totalmente contra dar armas de forma sistemática à polícia".
Na terça-feira, o responsável pela força policial local, Andrew Coster, anunciou que os testes que estavam sendo feitos foram suspensos, depois que os receios e questionamentos da população foram ouvidos.
"Está claro que a existência de patrulhas armadas não corresponde ao estilo de polícia que os cidadãos querem", declarou.
Os métodos usados pela polícia estão sendo reavaliados em vários países desde a morte, no final de maio, em Minneapolis, do cidadão afroamericano George Floyd. Ele foi morto sufocado por um policial branco, enquanto era imobilizado no chão, com um joelho em seu pescoço por quase nove minutos.
Seu falecimento provocou protestos nos Estados Unidos e em muitas partes do mundo, onde multidões foram às ruas contra o racismo e a brutalidade policial.
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