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Estamos investigando risco de infecção por covid-19 pelo ar, diz coordenadora da OMS

A OMS também afirmou que tem insistido na importância de medidas como o distanciamento físico e que se evitem aglomerações, especialmente em locais fechados, que devem ser sempre que possível ventilados

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Publicado em 07/07/2020 às 14:24 | Atualizado em 07/07/2020 às 14:25
YACY RIBEIRO/ JC IMAGEM
Pernambuco tem mais de 100 mil casos de pessoas infectadas pelo novo coronavírus - FOTO: YACY RIBEIRO/ JC IMAGEM

O comando da Organização Mundial de Saúde (OMS) foi questionado nesta terça-feira, 7 , sobre o fato de que alguns cientistas têm pressionado a entidade a mudar suas diretrizes para enfatizar que existe o risco de transmissão por gotículas no ar da covid-19. Coordenadora da unidade global de prevenção de infecções da OMS, Benedetta Allegranzi afirmou que a questão é alvo de investigações em andamento, mas lembrou que a entidade já sugere cautela em vários de seus documentos com os riscos de transmissão em locais fechados.

Allegranzi disse que a OMS tem insistido na importância de medidas como o distanciamento físico e que se evitem aglomerações, especialmente em locais fechados, que devem ser sempre que possível ventilados. Além disso, ela afirmou que existe um debate sobre a transmissão pelo ar, mas ainda não com evidências sólidas para garantir que isso aconteça.

Também presente na coletiva, a cientista-chefe da OMS, Soumya Swaminathan, lembrou sobre as etapas do trabalho científico, com produção de estudos, depois revisados pelos pares e publicados ou não. Como exemplo, ela lembrou que houve inicialmente uma publicação que relatava sucesso no tratamento com a hidroxicloroquina contra a covid-19, mas ela depois foi retirada, diante de inconsistências no estudo. Houve outras pesquisas depois disso sobre o medicamento, lembrou. "Há evidência suficiente para mostrar que ela não tem impacto na mortalidade em pacientes hospitalizados", afirmou Swaminathan sobre a hidroxicloroquina.

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