CIÊNCIA

Cientistas desenvolvem exame capaz de detectar 5 tipos de câncer precocemente

Os pesquisadores alertam que o teste não funciona para prever quem terá ou não câncer, apenas quem já têm algum tipo de tumor, mas continua assintomático para os métodos de detecção atuais

Estadão Conteúdo
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Publicado em 23/07/2020 às 11:31 | Atualizado em 23/07/2020 às 11:55
TAUSEEF MUSTAFA/AFP
Exame de sangue pode detectar câncer de próstata em 94% dos casos - FOTO: TAUSEEF MUSTAFA/AFP

Pesquisadores da China e dos Estados Unidos desenvolveram um novo exame de sangue capaz de detectar cinco tipos de câncer de forma precoce. O estudo foi publicado na revista "Nature Communications", do grupo "Nature", um dos mais importantes do mundo, na última terça-feira (21). Os cientistas alertam que o teste não funciona para prever quem terá ou não câncer. O exame identifica quem já têm algum tipo de tumor, mas continua assintomático para os métodos de detecção atuais.

O teste, chamado "PanSeer", conseguiu detectar os cânceres colorretal, de estômago, esôfago, pulmões e fígado até quatro anos antes que métodos convencionais. Os índices de acertos foram altos: 91% no câncer de esôfago e 100% no fígado. Os exames de rastreamento atuais são a colonoscopia, realizada a partir dos 45 anos, e a tomografia, no caso do fumantes. Para os outros tipos de câncer, a situação mais comum é a descoberta do tumor quando o paciente está em tratamento para outras doenças.

Os testes foram desenvolvidos por pesquisadores da Universidade Fudan, em Xangai, na China, da Universidade da Califórnia, em San Diego, nos Estados Unidos, e da Singlera Genomics, start-up dirigida pelos próprios cientistas nos dois países. A intenção agora é comercializar os testes.

"O foco imediato é testar pessoas com maior risco, com base no histórico familiar, idade ou outros fatores de risco conhecidos", afirma o primeiro autor do estudo, Kun Zhang, da Universidade da Califórnia em San Diego.

As amostras dos pacientes haviam sido coletadas como parte de um estudo maior, lançado pela Universidade Fudan. A pesquisa reuniu amostras de mais de 120 mil pessoas, coletadas entre 2007 e 2017.

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