Coronavírus

Rússia quer produzir vacinas contra covid-19 em até um mês

O país espera ter condições de produzir a vacina que pode livrar o mundo da pandemia

Jorge Nunes
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Jorge Nunes
Publicado em 29/07/2020 às 15:11 | Atualizado em 29/07/2020 às 15:52
VLADIMIR PUTIN
Presidente da Rússia, Vladimir Putin - FOTO: VLADIMIR PUTIN

A Rússia planeja poder contar com duas vacinas contra a covid-19 nos próximos meses. Essa expectativa vem da vice-primeira-ministra russa, Tatiana Golikova, que anunciou em live, com o Presidente Vladimir Putin, a existência de duas vacinas promissoras com origem exclusivamente nacional.

A primeira vacina já começou a ser testada em humanos e, por isso, está mais avançada que a outra dose. Sendo produzida pelo ministério russo da Defesa e pelo Centro de Pesquisas em Epidemiologia e Microbiologia Nikolai Gamaleia, esta primeira vacina começara a ser produzida em setembro de 2020, como disse a vice-primeira-ministra: “O lançamento de sua produção industrial está previsto para setembro de 2020, após uma certificação e testes clínicos adicionais em 1.600 pessoas”.

A segunda vacina deve ser produzida em massa já no mês de outubro. Os testes clínicos que são necessários estão previstos para se encerrarem em setembro. Assim que os testes forem finalizados, haverá a certificação no mesmo mês, garantiu Golikova. 

A Rússia esta no top 5 de países com maior número de infecções causadas pela covid-19 e, por isso, vem testando formas de frear o crescimento em seu território. Até o presente momento foram mais de 828.990 casos de coronavírus, com 13.673 mortes.

 PARCERIA COM O BRASIL

O Instituto Butantan, através de seu diretor, Dimas Covas, afirmou que foi procurado para firmar parceria com estatal russa que tem previsão para regulamentação no mês de agosto, "Fomos procurados por emissários do governo russo. Essa vacina é feita em um instituto estatal. Queriam saber se poderíamos nos associar. Em um primeiro momento, dissemos: até podemos avaliar porque é uma tecnologia diferente, precisamos de mais dados técnicos para avaliar e dados sobre os estudos feitos. Enfim, conhecer melhor. Ainda não recebemos o retorno", disse o diretor.

O diretor ainda afirmou que, a vacina não está em fase final, e não descarta uma futura parceria com os russos. "É prematuro dizer que descartaríamos. Com certeza essas informações chegarão, mas eu gostaria de pontuar que não é uma vacina em fase final de desenvolvimento. Se você procurar no site da OMS (Organização Mundial de Saúde), a vacina russa não está listada", comentou.

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