O governo do México disse, nesta quinta-feira (13), que pediu informações clínicas à Rússia sobre sua vacina contra o coronavírus, em meio ao ceticismo que outros países têm demonstrado sobre o anúncio de Moscou.
"Eles têm sido muito abertos. O que solicitamos é a informação clínica que deve ser avaliada pela Secretaria de Saúde para determinar a utilidade dessa vacina para o México em curto prazo", disse em coletiva de imprensa o ministro das Relações Exteriores mexicano, Marcelo Ebrard.
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Ebrard acrescentou que o México não desqualificou o anúncio da vacina russa, apenas pediu informações.
"O governo russo tem sido muito acessível, nos disseram 'claro que sim, compartilharemos as informações que temos'", disse.
Na terça-feira, o presidente russo, Vladimir Putin, anunciou que seu país desenvolveu a primeira vacina "eficaz" contra o coronavírus, nomeada Sputnik V, em referência ao primeiro satélite que a então União Soviética colocou em órbita.
Putin disse que iniciaria a fase final dos testes da vacina na quarta-feira, na qual participarão mais de 2.000 pessoas.
No entanto, outros países questionaram o anúncio. O Ministério da Saúde alemão, por exemplo, disse que "não existem dados conhecidos sobre a qualidade, eficácia e segurança da vacina russa".
Já a Organização Mundial da Saúde (OMS) disse que espera "com impaciência" a análise dos resultados dos ensaios clínicos da vacina desenvolvida pela Rússia.
O governo mexicano também disse nesta quinta-feira que a vacina desenvolvida pela empresa farmacêutica AstraZeneca contra a COVID-19 pode estar disponível no país no primeiro trimestre de 2021.
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