O Papa Francisco aceitou a renúncia do controverso arcebispo polonês de Gdansk, Slawoj Leszek Glódz, de 75 anos, anunciou a Santa Sé em um comunicado nesta quinta-feira (13).
O pontífice nomeou por enquanto um administrador apostólico provisório para chefiar o arcebispado, abalado por uma série de escândalos.
O bispo Glódz, conhecido por seu estilo de vida e amor ao luxo, no ano passado foi publicamente acusado por vários padres em seu país de estar envolvido em casos de assédio psicológico e por encobrir a pedofilia. O arcebispo negou tais acusações.
Em junho, um grupo de católicos polonês pediu ao Papa Francisco que interviesse nos casos de bispos que continuam a encobrir padres que abusam sexualmente de menores.
O grupo "EnoughHarm" publicou o pedido em página inteira do jornal italiano La Repubblica, no qual pediam a Francisco para "consertar nossa Igreja" e curar as feridas das vítimas de abusos.
A Polônia, um país altamente católico, registrou recentemente uma série de denúncias de abusos sexuais cometidos por padres, que também envolvem seus superiores por terem encoberto os casos.
O escândalo atingiu especialmente a hierarquia católica do país, que durante anos teve autoridade e influência principalmente por causa do legado do papa polonês, hoje São João Paulo II.
Dois documentários lançados recentemente abordaram esses casos de abuso, acusando os bispos de ignorar as vítimas, desacreditar de seus relatos e alegações, e transferir os abusadores para proteger a reputação da igreja.
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