Desastre

Combustível de navio encalhado volta a vazar nas Ilhas Maurício

O combustível começou a vazar por rachaduras nos flancos danificados na semana passada e entre 800 e 1.000 toneladas de óleo foram despejadas no oceano

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Publicado em 14/08/2020 às 18:41 | Atualizado em 14/08/2020 às 18:41
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Navio com petróleo nas Ilhas Maurício - FOTO: Stringer/AFP

O combustível do navio encalhado nas Ilhas Maurício voltou a vazar nesta sexta-feira (14), disseram autoridades locais, dois dias depois de anunciarem que conseguiram esvaziar os tanques.

"Segundo especialistas, esse tipo de vazamento é previsível e se deve à deformação do navio", disse o comitê de crise da ilha em nota, que já havia confirmado o vazamento de cerca de 100 toneladas de combustível.

"Desde esta manhã, a água ficou preta novamente em torno do Washio", disse Alain François, um pescador local, à AFP.

O "MV Wakashio", propriedade de uma empresa japonesa, encalhou no dia 25 de julho em um recife em Pointe d'Esny, a sudeste da Maurício, com 3.800 toneladas de combustível e 200 toneladas de diesel a bordo.

O combustível começou a vazar por rachaduras nos flancos danificados na semana passada e entre 800 e 1.000 toneladas foram despejadas no oceano, em uma área considerada uma joia ecológica por suas águas turquesa e pântanos protegidos.

As equipes de intervenção extraíram o combustível contido no navio encalhado numa corrida contra o tempo e na quarta-feira à noite as autoridades da ilha anunciaram que conseguiram extrair todo o material dos tanques.

Mas faltaram cerca de 100 toneladas, principalmente na adega, e foi esse combustível que começou a vazar nesta sexta-feira.

"As autoridades explicaram que as ondas que entram no navio fazem subir o combustível do porão", disse Alain François.

O derramamento desencadeou uma impressionante onda de solidariedade entre os 1,3 milhão de habitantes deste arquipélago paradisíaco do Oceano Índico.

Milhares de pessoas estiveram no local por vários dias para retirar o combustível e tentar conter sua propagação.

 

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