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Furacão Laura deixa um morto, danos e inundações na Luisiana antes de perder força

O esperado é que o fenômeno perca sua força em algumas horas

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Publicado em 27/08/2020 às 17:56
ALEX EDELMAN/GETTY IMAGES NORTH AMERICA/AFP
Os americanos acordaram nesta quarta-feira (4) sem saber o nome de seu próximo presidente - FOTO: ALEX EDELMAN/GETTY IMAGES NORTH AMERICA/AFP

A Luisiana foi afetada nesta quinta-feira (27) pelo furacão Laura, que danificou telhados, destruiu prédios e deixou pelo menos um morto, após chegar ao continente durante a madrugada.

Os meteorologistas alertaram para o risco persistente de tempestade enquanto o furacão, um dos mais fortes a atingir o estado, avança para o interior.

A maioria das janelas do edifício Capitol One Bank Tower, na cidade de Lake Charles, foi destruída pelas rajadas de vento violentas que também arrancaram árvores, postes de energia e sinais de trânsito.

A previsão é que o fenômeno, que tocou o solo como categoria 4, deve perder força e ser rebaixado para tempestade tropical nas próximas horas.

Laura obrigou centenas de milhares de pessoas a abandonarem suas casas em Luisiana e Texas, estados do sul dos Estados Unidos, diante da perspectiva de enchentes, fortes ventos e chuvas.

Entre ruas e casas inundadas, mais de 700.000 pessoas ficaram sem energia nos dois estados, de acordo com o site PowerOutage.us.

"Achamos que estávamos seguros. Tínhamos geradores e janelas fechadas com tábuas", disse Ashley Thompson à ABC News. "Ficamos com nossa família em nossa casa debaixo da mesa da cozinha", disse ela. Após cerca de cinco minutos, "perdemos o telhado".

"A ameaça de Laura em Luisiana continua. Fiquem em casa, sigam as instruções e recomendações das autoridades locais", pediu no Twitter o governador do estado, John Bel Edwards, que informou a morte de uma menina devido à queda de uma árvore sobre sua casa na área de Leesville.

Ele também informou sobre um grande incêndio em uma fábrica de produtos químicos perto de Lake Charles, que lançou fumaça negra no céu.

O NHC alertou para o aumento do nível das águas na trajetória do furacão para o norte, rumo ao Arkansas, onde deve chegar à noite.

Laura "continua sendo um furacão mortal com ondas costeiras devastadoras, ventos destrutivos e inundações repentinas", disse a Casa Branca em um comunicado, acrescentando que o presidente Donald Trump prometeu enviar todos os recursos necessários para ajudar aqueles que precisam.

 

 

Imagens de satélite revelaram o tamanho imenso do furacão quando atingiu a costa por volta da 1h00 local (00h00 de Brasília), perto da cidade de Cameron, perto da fronteira com o Texas, com ventos sustentados de 240 km/h.

Ao meio-dia de quinta-feira, Laura havia se tornado um furacão de categoria 1 enquanto se movia em direção ao Arkansas.

O governador do Texas, Greg Abbott, chegou a afirmar que Laura teria uma intensidade sem precedentes e pediu às pessoas que se isolassem para evitar contágios.

O vice-presidente Mike Pence, em discurso na terceira noite da convenção do Partido Republicano, pediu às pessoas no caminho da tempestade que "prestem atenção às autoridades estaduais e locais".

O coronavírus afetou a resposta de emergência e as autoridades tentaram garantir que os evacuados higienizassem as mãos, controlassem a temperatura e mantivessem uma distância de dois metros.

A Guarda Nacional mobilizou mais de 1.000 agentes no Texas, com 20 aviões e mais de 15 equipes de socorro.

 

 

Em Nova Orleans, devastada em 2005 pelo furacão Katrina, de categoria 5, o histórico Bairro Francês estava sem turistas, e sacos de areia foram empilhados diante de portas e janelas. Os edifícios de arquitetura colonial foram protegidos com chapas de madeira.

Laura passou na segunda-feira como tempestade tropical por Cuba, onde causou fortes chuvas e alguns danos. No fim de semana, a tempestade provocou 25 mortes no Haiti e República Dominicana.

A temporada de tempestades no Atlântico, que vai até novembro, deve ser uma das mais severas.

O NHC prevê até 25 fenômenos e Laura é o 12º até o momento. Marco, que ganhou a força de um furacão, se dissipou na costa da Louisiana na terça-feira antes de atingir o continente.

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