EUA

Incêndios devastam a costa oeste dos Estados Unidos e deixam ao menos sete mortos

Entre as mortes anunciadas na quarta-feira está a de um bebê de um ano

AFP
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Publicado em 10/09/2020 às 13:55 | Atualizado em 10/09/2020 às 13:55
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As autoridades advertem que mais vítimas fatais devem ser anunciadas nos próximos dias - FOTO: JOSH EDELSON / AFP

Centenas de casas, incluindo comunidades inteiras, eram arrasadas por incêndios na costa oeste dos Estados Unidos, em meio a um alerta das autoridades sobre o grande perito.

Ao menos sete pessoas morreram nos incêndios, mas as autoridades advertem que mais vítimas fatais devem ser anunciadas nos próximos dias porque no momento é impossível acessar muitas áreas afetadas.

No Oregon, ao menos cinco localidades foram "consideravelmente destruídas", enquanto seguem as operações de retirada de moradores, afirmou a governadora Kate Brown.

"Quero ser franca ao declarar que esperamos ver uma grande perda. Esta pode ser a maior perda de vidas humanas e propriedades por incêndios florestais na história do nosso estado", afirmou Brown.

Os estados da Califórnia e de Washington também lutam para conter os incêndios que se propagam em grande velocidade desde o fim de semana devido a uma intensa onda de calor, seguida de ventos fortes e secos.

Entre as mortes anunciadas na quarta-feira está a de um bebê de um ano, cujos pais ficaram com graves queimaduras quando tentavam fugir de um incêndio no estado de Washington.

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As autoridades advertem que mais vítimas fatais devem ser anunciadas nos próximos dias - JOSH EDELSON / AFP
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As autoridades advertem que mais vítimas fatais devem ser anunciadas nos próximos dias - JOSH EDELSON / AFP

Três pessoas não identificadas faleceram no norte da Califórnia, enquanto outras duas mortes foram confirmadas em Oregon, na região de Santiam Canyon.

"Não serão as únicas mortes (em Santiam)", afirmou o chefe de polícia do condado de Marion, Joe Kast.

Jody Evans, residente de Detroit, uma das cinco localidades devastadas no Oregon, conseguiu fugir quando o fogo se aproximava de sua casa.

"Foi como dirigir no inferno", disse Evans ao canal Newschannel 21 sobre sua fuga entre árvores derrubadas, chamas e cinzas.

Na Califórnia, moradores da Baía de San Francisco observaram o céu alaranjado, similar a cenas apocalípticas de filmes de Hollywood.

Em alguns pontos do estado o céu ficou tão escuro ao meio-dia que parecia noite. Em algumas localidades, cinzas caíram como neve.

"O céu alaranjado é resultado da fumaça dos incêndios florestais no ar", afirmou a agência que monitora a qualidade do ar em San Francisco.

"Sabemos que a fumaça, o escuro e o brilho laranja provocam temor. Mantenham a calma e tentem ficar em casa", tuitou o departamento de bombeiros.

Grande parte da fumaça procede do norte, onde começou o incêndio batizado como "Bear Fire" e que registra uma velocidade sem precedentes, combinado com incêndios mais antigos que somam 250.000 acres (quase 100.000 hectares) e ameaçam a cidade de Oroville.

"Nossa delegacia encontrou os corpos de três pessoas", disse o chefe de polícia do condado de Butte, Kory Honea.

Advertências de evacuação chegaram inclusive à cidade de Paradise, onde há dois anos aconteceu o incêndio mais letal da história moderna da Califórnia, com 86 mortes.

O "August Complex Fire" também se propagava rapidamente e se tornou o segundo maior da história do estado, afetando 420.000 acres (170.000 hectares).

O incêndio "Creek Fire", no centro da Califórnia, está levando os bombeiros à exaustão. A floresta de Sierra foi fechada, assim como 18 bosques nacionais do estado.

"Dá medo, simplesmente abandonamos tudo", afirmou Sandy Clark, de 68 anos, que deixou sua casa e seguiu para um hotel, ao invés de um abrigo por medo de contrair o novo coronavírus.

 

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