SEGUNDA ONDA

Reino Unido multará em até 10.000 libras quem descumprir autoconfinamento

Para encorajar a conformidade com esses padrões, pessoas de baixa renda podem receber um subsídio de 500 libras caso não possam trabalhar à distância durante a quarentena

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Publicado em 20/09/2020 às 10:31
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Segundo o governo britânico, a nova variação do vírus gerou "um aumento muito forte" das hospitalizações em dezembro - FOTO: TOLGA AKMEN/AFP

Os britânicos que não cumprirem o autoconfinamento em caso de contágio pelo coronavírus serão multados em até 10.000 libras esterlinas (cerca de 13.000 dólares), anunciou o governo neste sábado ao apresentar as novas regras para tentar reduzir o número de casos.

O primeiro-ministro Boris Johnson, que declarou esta semana que o Reino Unido enfrenta a segunda onda do novo coronavírus, introduziu novas restrições para os habitantes das regiões norte, noroeste e centro da Inglaterra, as mais afetadas.

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Entre essas medidas, o governo introduziu a obrigatoriedade legal de autoconfinamento, a partir do dia 28 de setembro, para as pessoas com teste positivo ou caso o Serviço Nacional de Saúde (SUS) solicite.

"A melhor maneira de combater o vírus é que todos sigam as regras e se isolem caso corram o risco de transmitir o coronavírus", disse o primeiro-ministro em um comunicado. "Ninguém deve subestimar a importância dessas medidas, as novas regras significam que você é legalmente obrigado a aplicá-las se tiver sido infectado ou se o NHS solicitar", acrescentou.

O Reino Unido pede que as pessoas com teste positivo se isolem por 10 dias, enquanto aqueles que vivem com alguém com resultado positivo ou com sintomas devem se autolimitar por 14 dias. Se as regras forem quebradas, eles vão impor multas que variam de 1.000 libras (1.290 dólares) a 10.000 libras se isso for feito repetidamente ou nos casos mais graves.

Para encorajar a conformidade com esses padrões, pessoas de baixa renda podem receber um subsídio de 500 libras caso não possam trabalhar à distância durante a quarentena. O Reino Unido foi o país europeu mais afetado pela pandemia, com quase 42.000 mortes registradas, e tem enfrentado um rápido aumento no número de novos casos nas últimas semanas.

"Estamos vendo isso na França, na Espanha, por toda a Europa. Temo que seja absolutamente inevitável acabarmos vendo isso neste país", insistiu Johnson.

O primeiro-ministro britânico tem, no entanto, relutado em impor um novo confinamento total do país, onde alguns deputados conservadores já criticam as medidas tomadas.

Durante o dia, manifestantes antivacinas e antilockdown entraram em confronto com a polícia na Trafalgar Square, no centro de Londres. No total, 32 pessoas foram presas.

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