Estados Unidos anunciou, nesta segunda-feira (21), até 5 milhões de dólares de recompensa por um colombiano apontado como narcotraficante e líder da guerrilha do ELN, acusado pela Justiça americana de "narcoterrorismo".
O chefe da diplomacia americana, Mike Pompeo, disse em um comunicado que o Departamento de Estado oferece essa recompensa "por informações que levem à prisão e/ou condenação de Wilver Villegas Palomino".
Segundo o Departamento de Estado, Villegas Palomino, de 39 anos, é desde 2000 um membro de alto escalão do Exército de Libertação Nacional (ELN), a última guerrilha ativa da Colômbia.
Conhecido como "Carlos El Puerco", em 12 de fevereiro foi acusado pelo Distrito Sul do Texas de "narcoterrorismo, conspiração para importar cocaína e distribuição internacional de cocaína".
Segundo a acusação, Villegas Palomino esteve envolvido durante mais de 20 anos no envio de cocaína da Colômbia aos Estados Unidos "conscientemente ou com a intenção de fornecer apoio financeiro ao ELN".
Como chefe da área de Magdalena, no noroeste colombiano, Villegas Palomino é responsável pelo tráfico de drogas na região, cujos recursos canaliza para o Comando Central do ELN na Venezuela para realizar "atividades políticas e terroristas", disse o Departamento de Estado.
"Estados Unidos está comprometido a ajudar o governo colombiano a desarticular e desmantelar as organizações criminosas transnacionais que operam na região", tuitou Pompeo.
Pompeo se reuniu no sábado em Bogotá com o presidente colombiano Iván Duque, principal aliado de Washington na região.
O encontro ocorreu em meio a uma visita do secretário de Estado para consolidar a aliança sul-americana contra o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, a quem Estados Unidos acusou no final de março de "narcoterrorismo" e por quem oferece até 15 milhões de dólares por sua captura.
Em Bogotá, Pompeo disse que a violência por parte de grupos de guerrilha, como os dissidentes da extinta guerrilha FARC, do ELN "ou qualquer outro grupo terrorista ou criminoso, é inaceitável".
"Não se pode tolerar, assim como não se pode aceitar as ações de governos como o de Maduro, que fornecem um refúgio seguro (...) a esses terroristas", afirmou.
Pompeo destacou que a recompensa por Villegas Palomino é oferecida através de um programa do Departamento de Estado, que desde 1986 permitiu levar à Justiça mais de 75 narcotraficantes importantes.
Villegas Palomino é também um dos fugitivos mais procurados do departamento colombiano de Norte de Santander, onde 50 milhões de pesos colombianos (cerca de US$ 13.000) são oferecidos por ele.
Criado em 1964, o ELN conta com aproximadamente 2.300 combatentes e uma grande rede urbana de apoio. O governo de Duque garante ter provas do apoio da Venezuela ao ELN e às dissidências da ex-guerrilha FARC.
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