O papa Francisco pediu, nesta sexta-feira (25), a flexibilização das sanções internacionais que, em sua opinião, afetam toda a população civil, sem citar nenhum país em particular.
Em seu discurso gravado para a Assembleia Geral das Nações Unidas, Francisco também lamentou uma "erosão do multilateralismo" e o "clima de desconfiança" que reina no mundo.
"Devemos acabar com o atual clima de desconfiança. Na verdade, estamos enfrentando uma erosão do multilateralismo tão grave quanto no momento de desenvolvimento de novas tecnologias militares", disse.
Sem citar os países afetados, o pontífice fez um apelo para que "flexibilizem as sanções internacionais" que, segundo ele, afetam principalmente as populações civis.
Fiel à sua postura, voltou a condenar "a lógica perversa" que vincula a segurança ao "porte de armas".
"Devemos desmontar a lógica perversa que vincula a segurança pessoal ou nacional ao porte de armas. Essa lógica serve apenas pra aumentar os lucros da indústria armamentista", argumentou.
O papa argentino expressou também seu desejo de que a ONU seja mais eficaz e que o Conselho de Segurança seja "mais unido e determinado".
"Nosso mundo, carregado de males, precisa que as Nações Unidas se tornem um vetor internacional de paz cada vez mais eficaz. Isso significa que os membros do Conselho de Segurança, especialmente os membros permanentes, devem agir com mais unidade e determinação", disse.
"Você nunca sai de uma crise como antes. Ou sai melhor, ou pior" e a crise relacionada à pandemia de covid-19 "nos mostrou que não podemos viver uns sem os outros", afirmou o papa.
"As Nações Unidas foram criadas para unir as nações, para representar uma ponte entre os povos. Façamos um bom uso desta instituição", pediu.
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