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Trump indica Amy Coney Barrett para Suprema Corte dos EUA

Presidente busca energizar a base fiel do eleitorado republican

JC
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Publicado em 26/09/2020 às 19:13 | Atualizado em 26/09/2020 às 20:17
CHIP SOMODEVILLA/AFP
Nos jardins da Casa Branca, Trump afirmou neste sábado que Amy Coney Barrett é notável pelo caráter e intelecto e qualificada para o trabalho - FOTO: CHIP SOMODEVILLA/AFP

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, confirmou a indicação da juíza conservadora Amy Coney Barrett para a Suprema Corte, em um importante movimento eleitoral na reta final da disputa à presidência. Com a nomeação de Barrett, Trump busca energizar a base fiel do eleitorado republicano e briga para garantir uma nova juíza na Corte antes da eleição, para o caso de a votação ser judicializada.

Nos jardins da Casa Branca, Trump afirmou neste sábado que Amy Coney Barrett é notável pelo caráter e intelecto e qualificada para o trabalho. "Se confirmada, ela fará a história como a primeira mãe de crianças em idade escolar a servir na Suprema Corte", disse Trump, ao lado de Barrett. Na sequência, Trump mencionou os nomes dos sete filhos da juíza, que assistiam à cerimônia na primeira fileira do público. "Ela irá decidir (casos) baseada no texto da Constituição como escrito", afirmou Trump.

Juíza da Corte de Apelações Federal para o 7º Circuito, em Chicago, Barrett era a favorita ao posto da ala conservadora do partido republicano, por sua visão anti-aborto. A possibilidade de ampliar o conservadorismo na Corte é tema de campanha de Trump desde antes da morte de Ruth Bader Ginsburg e tem sido explorada politicamente pelo republicano, que está pressionado pelo mau resultado nas pesquisas eleitorais. O assunto mudou o foco das atenções na política e na imprensa americana e se sobrepôs às manchetes sobre a pandemia de coronavírus, por exemplo, na semana em que os EUA superaram a marca de 200 mil mortos por covid-19.

BIDEN PEDE QUE SENADO NÃO APROVE

O candidato democrata à Casa Branca, Joe Biden, pediu neste sábado ao Senado americano que não se pronuncie sobre a indicação da juíza conservadora Amy Coney Barrett para a Suprema Corte antes das eleições presidenciais de 3 de novembro.

"O Senado não deveria pronunciar-se sobre esta vaga", criada após o falecimento da juíza progressista Ruth Bader Ginsburg, "até que os americanos tenham escolhido seu próximo presidente e seu próximo Congresso", declarou Biden em comunicado, pouco minutos após o presidente Donald Trump confirmar a indicação de Barrett.

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