astronomia

Morte por espaguetificação: veja vídeo de estrela sendo engolida por buraco negro

Cientistas descobriram que quando uma estrela é devorada por um buraco negro, a explosão libera uma cortina de poeira que dificulta a visualização do fenômeno

JC
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Publicado em 14/10/2020 às 13:33 | Atualizado em 14/10/2020 às 13:59
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O achado foi publicado nessa segunda-feira (12) na revista científica "Monthly Notices of the Royal Astronomical Society" - FOTO: REPRODUÇÃO

O exato momento em que uma estrela foi engolida por um buraco negro supermassivo foi capturado por telescópios do Observatório Europeu do Sul (ESO, na sigla em inglês) em Garching, na Alemanha. O achado foi publicado nessa segunda-feira (12) na revista científica "Monthly Notices of the Royal Astronomical Society".

Veja imagens digitalizadas do momento:

Nas imagens, é possível ver o astro sendo sugado para perto do buraco negro e "espaguetificado". O campo de gravidade dos buracos negros é tão forte que qualquer corpo que se aproxime dele é alongado e comprimido horizontalmente até parecer um espaguete; por isso o termo.

O fenômeno é chamado de "evento de pertubação de marés", e este específico foi identificado como AT2019qiz. Foi o mais próximo da Terra já registrado, a 215 milhões de anos-luz do nosso planeta, segundo Thomas Wevers, um dos autores do estudo.

"Quando uma estrela azarada se aproxima demais de um buraco negro supermassivo no centro de uma galáxia, a extrema atração gravitacional exercida pelo buraco negro desfaz a estrela em finas correntes de matéria", explicou o cientista em uma declaração para a ESO.

Esses fios de material estelar liberam um clarão brilhante de energia ao caírem no buraco negro durante a espaguetificação. Essa luz pode ser detectada pelos astrônomos.

A grande descoberta da pesquisa foi de que quando um buraco negro devora uma estrela pode lançar uma explosão de material que dificulta a visão desse clarão. Uma espécie de cortina de poeira se forma obstruindo a imagem. Dessa vez, o fenômeno foi capturado porque os pesquisadoras vinham acompanhando-o há seis meses.

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