A Rússia registrou nesta terça-feira um novo recorde diário de mortes provocadas pela covid-19, com 442 óbitos, enquanto a epidemia se agrava em várias regiões, com muitos hospitais lotados, assim como necrotérios.
As autoridades anunciaram nesta terça-feira (17), 442 vítimas fatais nas últimas 24 horas, três a mais que o recorde anterior, de 12 de novembro.
O país também registrou 22.410 casos em apenas um dia e o balanço subiu para 1.948.603 contagiados no país, o quinto mais afetado no planeta em número de pacientes.
No total, 33.931 pessoas morreram vítimas do coronavírus desde o início da pandemia na Rússia, mas os dados (com uma taxa de letalidade menor que a registrada em outras partes do mundo) são questionados: as autoridades russas contabilizam apenas os óbitos que, após uma autópsia, tem o coronavírus como causa comprovada.
Os dados demográficos entre março e setembro mostram que morreram 117.107 pessoas a mais que na comparação com o mesmo período de 2019.
Embora Moscou permaneça como o epicentro da pandemia no país, com entre 5.000 e 7.000 novos casos diários, a situação é cada vez mais preocupante nas províncias, que concentram 75% dos novos pacientes e onde o sistema de saúde é mais deficitário.
Na segunda-feira, o ministro da Saúde, Mikhail Murashko, afirmou que 84% dos leitos de hospital dedicados ao coronavírus estavam ocupados.
Na região de Ivanovo (ao nordeste de Moscou), o ministro de Saúde regional, Artur Fokin, admitiu que os necrotérios estão lotados.
"Estamos buscando câmaras frigoríficas porque os necrotérios não conseguem armazenar tantos corpos", afirmou durante uma reunião oficial.
As autoridades russas rejeitaram até agora um novo confinamento nacional, para evitar danos à economia.
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