ECONOMIA

Pedidos de seguro-desemprego crescem nos EUA ao ritmo da covid-19

Entre 8 e 14 de novembro, 742.000 pessoas se registraram como desempregadas, um forte aumento em relação às 711.000 da semana anterior, um número revisto para cima e também divulgado nesta quinta (19). Também é superior aos 720.000 pedidos previstos pelos analistas

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Publicado em 19/11/2020 às 16:46 | Atualizado em 19/11/2020 às 16:46
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ESTADOS UNIDOS - FOTO: Foto: Ronald Martinez/AFP

Os pedidos de seguro-desemprego aumentaram drasticamente nos Estados Unidos na semana passada, quando vários estados e cidades de todo país impuseram novas restrições ante o aumento de casos de covid-19 no território - revelam os números divulgados pelo Departamento do Trabalho nesta quinta-feira (19).

Entre 8 e 14 de novembro, 742.000 pessoas se registraram como desempregadas, um forte aumento em relação às 711.000 da semana anterior, um número revisto para cima e também divulgado nesta quinta (19). Também é superior aos 720.000 pedidos previstos pelos analistas.

Estados Unidos tinha no começo de novembro 6,4 milhões de desempregados, número divulgado com uma semana de atraso. Essa quantidade representa 429.000 pessoas a menos do que na semana anterior, devido ao fato de uma parte ter recuperado o trabalho, enquanto outros simplesmente deixaram de cobrar o seguro porque é pago apenas por seis meses.

Somando programas de ajudas lançados pela pandemia e que permitem prolongar o prazo do seguro ou estendê-lo a trabalhadores autônomos, 20,3 milhões de pessoas receberam ajuda na última semana de outubro, o que equivale a 841.245 a menos do que na semana anterior.

Isso não significa que todos recuperaram o trabalho. Muitos deles saíram das estatísticas porque seus direitos expiraram.

A situação pode piorar se os democratas e republicanos não chegarem rapidamente a um acordo no Congresso para ajudar famílias e empresas. Cerca de 12 milhões de desempregados ficarão sem recursos depois do Natal, disse o grupo de estudos democrata The Century Foundation.

O inverno (hemisfério norte) se anuncia difícil, já que há algumas semanas o coronavírus voltou a se espalhar pelos Estados Unidos, o país mais castigado do mundo pela pandemia. Autoridades de cidades e estados adotaram ou planejam aplicar medidas para conter a pandemia, que podem prejudicar a economia e consequentemente afetar o emprego.

O estado de Nova York estabeleceu limites para as atividades de bares e restaurantes e, a partir desta quinta-feira, voltou a fechar suas escolas.

A prefeitura de Chicago, a terceira cideade americana, pediu aos seus habitantes que fiquem em casa e limitem seus deslocamentos para coisas essenciais.

Os Estados Unidos registram uma média diária de mil mortes por covid-19 há duas semanas. Na quarta-feira, a quantidade de mortos desde o início da pandemia chegou aos 250.000, de acordo com a contagem da Universidade Johns Hopkins.

A iminência do Dia de Ação de Graças em 26 de novembro preocupa as autoridades de saúde sobre o aumento da propagação do vírus, porque é um feriado que reúne famílias e milhões de pessoas se deslocam para comemorá-lo com seus parentes queridos.

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