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EUA celebra Ação de Graças com sombra da pandemia que parece mais controlada na Europa

A ação de graças é mais importante que o Natal para alguns americanos

AFP
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Publicado em 26/11/2020 às 12:32
MONA LISA DOURADO/JC
Os americanos estão esperando a chegada da ação de graças com uma certa desconfiança com relação ao coronavírus - FOTO: MONA LISA DOURADO/JC

Os Estados Unidos celebram, nesta quinta-feira (26), um Dia de Ação de Graças marcado pela pandemia, que provocou mais de 2.400 mortes em 24 horas no país, enquanto na Europa os números melhoram, e os cidadãos acompanham com esperança uma flexibilização das restrições antes do Natal.

Mais importante que o Natal para muitos, esta grande celebração familiar nos Estados Unidos acontece no momento em que o país registra o maior número diário de mortes em seis meses.

As autoridades de saúde recomendaram que a população não viaje, e o aeroporto de Los Angeles tinha poucos passageiros na quarta-feira (25).

"O avião estava praticamente vazio", disse Nathan Peterson, um estudante procedente de Utah.

O presidente eleito Joe Biden celebrará o Dia de Ação de Graças em Delaware, com a família mais próxima, sua mulher, a filha e o genro.

"Há uma esperança real, uma esperança tangível", afirmou o democrata em um discurso na televisão.

"A vida voltará à normalidade (...) Isto não vai durar eternamente", completou, em referência às futuras vacinas contra a covid-19, que podem começar a ser administradas em dezembro.

Em todo planeta, o vírus provocou mais de 1,4 milhão de mortes e mais de 60,4 milhões de contágios, segundo o balanço da AFP baseado nos números oficiais dos países.

 

Na Europa, que registra mais de 390.000 mortes e 17,1 milhões de casos, as medidas de confinamento impostas nas últimas semanas começam a apresentar resultados, e vários países começam a flexibilizar as restrições para as festas natalinas.

Na França, os estabelecimentos comerciais não essenciais reabrirão as portas a partir de sábado. Caso a situação continue melhorando, o governo cogita suspender em 15 de dezembro o confinamento, imposto há quase um mês, e substituí-lo por um toque de recolher noturno.

O Reino Unido, outro país muito afetado pela pandemia, prevê reabrir no início de dezembro todo comércio e iniciar um programa de testes em larga escala. O primeiro-ministro Boris Johnson já advertiu, no entanto, que o Natal não será "normal".

A Alemanha, que durante a primeira onda se viu relativamente pouco impactada pela pandemia, mas que atualmente registra números recordes de mortes e contágios, decidiu manter as restrições.

"O número de infecções ainda está em um nível muito elevado", declarou a chanceler Angela Merkel na quarta-feira.

O país está próximo de superar a marca de um milhão de contágios e já contabiliza 14.771 mortes, mais de 400 delas nas últimas 24 horas, segundo o Instituto de vigilância sanitária Robert Koch.

Por este motivo, as restrições impostas em novembro seguirão em vigor até o início de janeiro. Bares, restaurantes, centros culturais e estabelecimentos esportivos ainda permanecerão fechados por mais de um mês.

 

América Latina e Caribe registram mais de 440.200 vítimas fatais e 12,6 milhões casos de contágios.

Nas últimas 24 horas, o México registrou 858 mortes, o segundo maior número no planeta em apenas um dia, atrás apenas dos Estados Unidos (2.439). O país supera 103.500 óbitos e mais de um milhão de infecções.

Em termos gerais, o Brasil continua sendo o país mais afetado da região, com mais de 170.700 mortes e 6,1 milhões de casos.

Segundo a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), todo continente americano reportou mais de 1,5 milhão de contágios por covid-19 na última semana, um recorde desde a declaração da pandemia em março.

Na América Central, a OPAS acompanha com preocupação o potencial surgimento de focos em abrigos lotados após a passagem dos furacões Eta e Iota.

As esperanças do planeta estão nas futuras vacinas, com as candidatas da Moderna, AstraZeneca/Oxford e Pfizer-BioNTech à frente da corrida.

Na América Latina, com suas regiões remotas, suas megalópoles e favelas em serviços básicos, distribuir e administrar as vacinas não serão uma missão fácil.

Imunizar a maioria dos habitantes será um processo "desafiador e caro", afirmou o subdiretor da OPAS, Jarbas Barbosa.

A OPAS espera distribuir vacinas na região entre março e maio de 2021, por meio do Covax, mecanismo implementado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para garantir um acesso equitativo.

 

 

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