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Crianças com HIV em países em desenvolvimento terão acesso a tratamento adaptado

Em torno de 1,7 milhão de crianças no mundo são soropositivas. Apenas metade delas recebe tratamento

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Publicado em 01/12/2020 às 11:45 | Atualizado em 01/12/2020 às 11:45
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Previsão de retomada é só para 2021 - FOTO: Foto: AFP

Crianças que vivem com HIV em países em desenvolvimento terão acesso a um tratamento mais adequado e quatro vezes mais barato - anunciou nesta terça-feira (1o) a Unitaid, organização internacional que defende a redução dos preços dos medicamentos, no Dia Internacional de Luta contra o HIV.

O preço deste novo tratamento, que inclui um novo componente realmente adaptado às necessidades específicas das crianças, vai de US$ 480 a US$ 120 por ano, após um acordo com os fabricantes de genéricos Viatris e Mcleods, disse Hervé Verhoosel, porta-voz desta organização internacional, que trabalha com a Organização Mundial da Saúde (OMS), durante uma coletiva de imprensa da ONU em Genebra.

"Crianças com HIV que vivem em países de rendas baixa e média terão acesso a um tratamento específico, graças a um acordo entre o UNAIDS e a Clinton Health Access Initiative (CHAI)", informa a Unitaid.

Inicialmente, o novo produto estará disponível em Benin, Quênia, Malauí, Nigéria, Uganda e Zimbábue, no primeiro semestre de 2021, "com o objetivo de expandir rapidamente a distribuição em um grande número de países".

Em torno de 1,7 milhão de crianças no mundo são soropositivas. Apenas metade delas recebe tratamento, e 100.000 morrem a cada ano, afirma a organização.

Muitas crianças não recebem tratamento, devido à falta de acesso a medicamentos fáceis de ingerir e adaptados, ressalta.

O acordo com a Viatris e com a Mcleods permite reduzir o preço de um dos componentes do coquetel usado para conter o HIV dos atuais US$ 400 para US$ 36.

O Dolutegravir (DTG) é considerado um medicamento de primeira linha. Agora, está disponível na forma de comprimido solúvel com sabor de morango, mais aceito por crianças do que os tratamentos anteriores, que se apresentavam na forma de grandes comprimidos não solúveis, destacou o porta-voz da Unitaid.

 

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