Tensão

União Europeia adverte sobre concentração de tropas russas na fronteira com Ucrânia e na Crimeia

Os chanceleres dos 27 países da União Europeia iniciaram uma reunião por videoconferência para discutir a dramática escalada das tensões entre a Ucrânia e a Rússia.

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AFP

Publicado em 19/04/2021 às 20:55
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A concentração de tropas ordenada pela Rússia na fronteira com a Ucrânia e na Crimeia é a "maior registada" nessa região e ascende a 100 mil soldados, denunciou nesta segunda-feira (19) o chefe da diplomacia da UE, Josep Borrell.

De acordo com Borrell, que inicialmente havia dado conta de 150 mil efetivos russos, foi discretamente corrigido pelo Serviço de Ação Exterior da UE e na versão publicada na Internet às 20h15 (15h15 de Brasília) modificou a cifra a 100.000, com um asterisco no qual detalhou que se tratou de uma correção.

Segundo Borrell, com tamanha mobilização militar, "o risco de uma escalada maior é evidente".

Os chanceleres dos 27 países da União Europeia iniciaram uma reunião por videoconferência para discutir a dramática escalada das tensões entre a Ucrânia e a Rússia.

"Este reforço militar deve cessar e pedimos à Rússia que inicie uma desescalada", disse o chefe da diplomacia europeia.

Durante o dia, os chanceleres europeus discutiram o dramático agravamento das tensões entre a Ucrânia e a Rússia, e em determinado momento acrescentaram o ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba, à videoconferência.

O ucraniano chegou a apresentar no Twitter um plano para convencer a Rússia a interromper a escalada das tensões.

Para Kuleba, "o elemento-chave é a preparação de uma nova série de sanções setoriais. As sanções individuais não são mais suficientes".

Em seus comentários, no entanto, Borrell jogou um balde de água gelada na reivindicação de Kuleba por sanções generalizadas da UE contra Moscou neste momento.

"Não estamos rumando para novas sanções por enquanto. Não é o que está surgindo" no horizonte, disse ele.

Em vez disso, reforçou o apoio às autoridades ucranianas.

"Parabenizamos a Ucrânia por sua contenção e defendemos a soberania e integridade de seu território. A UE não reconhecerá a anexação da Crimeia pela Rússia", disse ele.

 

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