Violência

Assassinato de jovem gay causa comoção na Espanha

Samuel, um auxiliar de enfermagem de 24 anos, foi encontrado inconsciente perto de uma boate em La Coruña, após ser espancado

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AFP

Publicado em 06/07/2021 às 10:16
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O assassinato de um jovem homossexual, que foi espancado até a morte no último fim de semana, causou forte comoção na Espanha, onde importantes manifestações foram realizadas nessa segunda-feira (5) para denunciar um "crime homofóbico".

Samuel, um auxiliar de enfermagem de 24 anos, foi encontrado inconsciente perto de uma boate em La Coruña, no noroeste da Espanha, após ser espancado.

Os serviços de resgate não conseguiram reanimá-lo e na manhã de sábado ele morreu, informou a mídia espanhola.

"Justiça para Samuel. Homofobia e fascismo são o mesmo", dizia a gigantesca faixa carregada pelos manifestantes, que iniciaram uma marcha nesta segunda-feira à noite na famosa Puerta del Sol em Madrid, observou a AFPTV.

Milhares de pessoas se reuniram para protestar, algumas com a bandeira do Orgulho, convocadas por inúmeros grupos LGTB + (lésbicas, gays, trans, bissexuais e outras diversidades de gênero), exigindo "justiça para Samuel", como gritavam os participantes.

"Não são espancamentos, são assassinatos", gritou a multidão. Faixas exibiam frases como "Acabem com a homofobia", "Tudo o que me importa é viver" ou "Eles estão nos matando".

Desde sua morte, seus parentes relataram que se trata de um crime homofóbico, que ocorreu logo após a Semana do Orgulho na Espanha.

Também foram realizadas marchas em outras cidades do país, como La Coruña, onde se reuniram várias centenas de pessoas, segundo fotos e vídeos postados nas redes sociais.

Na segunda-feira, o ministro do Interior espanhol, Fernando Grande-Marlaska, indicou que até o momento não havia presos e que "nenhuma hipótese está excluída, nem o crime de ódio, nem qualquer outro".

"Espero que a investigação da @police em breve encontre os autores do assassinato de Samuel e esclareça os fatos. Foi um ato selvagem e cruel. Não vamos dar um passo atrás em direitos e liberdades. A Espanha não vai tolerar isso", tuitou na noite desta segunda-feira o presidente do governo espanhol, Pedro Sánchez.

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