ARQUEOLOGIA

Vídeo: Israel revela descobertas do Segundo Templo de Jerusalém

Os arqueólogos israelenses revelaram a descoberta de construções que datam do período do Segundo Templo Judaico, localizado na Cidade Velha de Jerusalém e usado há mais de 2.000 anos pelas elites da época

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AFP

Publicado em 09/07/2021 às 1:01
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Israel revelou nesta quinta-feira (8) uma importante descoberta arqueológica. Tratam-se de construções subterrâneas que datam do período do Segundo Templo Judaico, localizado na Cidade Velha de Jerusalém e usado há mais de 2.000 anos pelas elites da época.


Um luxuoso saguão, partes do qual já foram reveladas pela Autoridade de Antiguidades de Israel, inclui uma fonte sofisticada e provavelmente foi usado para banquetes e outras reuniões da elite local ou para hospedar dignitários.

"É um edifício realmente magnífico, um dos edifícios públicos mais esplêndidos que conhecemos datando do período do Segundo Templo", explicou à AFP Shlomit Weksler Bdolah, arqueólogo da AIA.

O segundo templo judeu foi construído no século 6 aC. e destruído pelos romanos em 70 DC.

O Muro das Lamentações é o único remanescente de um muro de contenção.

Acima do Muro está o Monte do Templo, o lugar mais sagrado do Judaísmo, chamado de santuário nobre pelos muçulmanos, para quem representa o terceiro lugar sagrado mais importante e onde está localizada a Mesquita de Al-Aqsa. O local está em Jerusalém Oriental, a parte palestina da cidade ocupada e anexada por Israel.

Na época do Templo, o salão de banquetes - revelado nesta quinta-feira - era dividido em vários segmentos, onde foram cavados "banhos rituais muito impressionantes", segundo Weksler Bdolah, que aponta que ainda é difícil compreender a cronologia e as motivações para a construção.

De acordo com as escavações, o local não estava mais em uso no século VII, quando o período muçulmano começou. A partir desse período, os habitantes de Jerusalém vivem no nível da rua, alguns metros acima do saguão subterrâneo.

As peças recém-descobertas, caracterizadas pela sofisticação, mostram até que ponto os soberanos de Jerusalém estavam interessados em deixar sua marca na cidade, principalmente na área próxima ao Monte do Templo, segundo Weksler Bdolah.

De certa maneira, é possível, segundo o arqueólogo, comparar essas construções à Jerusalém moderna.

"Todos os que a governam querem hastear uma bandeira, criar um novo projeto, fazer alguma coisa. Se não, é como se não existisse", frisou à AFP.

O saguão faz parte dos túneis subterrâneos adjacentes ao Muro das Lamentações. Em 1996, a abertura desses túneis ao público desencadeou confrontos violentos entre as forças de segurança israelenses e palestinos, resultando em mais de 80 mortes.

Os palestinos alegaram que os túneis ameaçavam as fundações do complexo adjacente à mesquita Al-Aqsa.

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