PANDEMIA

Vaticano exigirá passaporte sanitário de covid para trabalhadores e visitantes

A medida foi tomada a pedido do papa Francisco, defensor ferrenho da campanha de vacinação contra o coronavírus

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AFP

Publicado em 20/09/2021 às 13:44
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O Vaticano exigirá de trabalhadores e visitantes que apresentem um certificado sanitário de covid-19 a partir de 1º de outubro, informou a assessoria de imprensa da Santa Sé nesta segunda-feira (20).

A medida foi tomada a pedido do papa Francisco, defensor ferrenho da campanha de vacinação contra o coronavírus.

 

Segundo o decreto, "a partir de 1º outubro de 2021" o acesso ao Estado da Cidade do Vaticano será permitido a todas as pessoas que apresentarem um certificado sanitário válido europeu ou do exterior, com o objetivo de "prevenir, controlar e combater" a emergência sanitária.

A gendarmerie vaticana será a encarregada de controlar o chamado "passaporte verde", que comprova a vacinação contra a covid na Itália ou a imunização depois de ter contraído a doença.

Poderá ser apresentado também um teste PCR ou de antígeno com resultado negativo realizado nas últimas 48 horas.

A única exceção admitida é para os fiéis que comparecem a "celebrações litúrgicas devido ao tempo estritamente necessário para a realização do rito", destaca o texto.

Segundo alguns veículos da imprensa, a exceção é válida para as pessoas que assistem à missa das quartas-ferias no Vaticano presididas pelo papa.

Com essa medida, a Cidade do Vaticano - um enclave no coração de Roma - se alinha com as adotadas pela Itália, que decretou que a partir de 15 de outubro será obrigatório apresentar o passaporte sanitário para poder acessar os locais de trabalho tanto no setor público quanto no privado.

O papa Francisco admitiu recentemente à imprensa durante sua viagem de retorno da Eslováquia que existe um pequeno grupo de pessoas dentro do Vaticano que é contra a vacinação.

"Estamos analisando como ajudá-los", comentou.

A ordem do Vaticano não especifica se a falta de um certificado sanitário será punida como na Itália, que prevê que em cinco dias de ausência injustificada, a pessoa pode ser "suspensa" do trabalho e do salário.

 

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