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João Paulo I, que morreu após um mês como papa, será beatificado no próximo ano

Religioso foi papa por 33 dias, de 26 de agosto a 28 de setembro de 1978

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Giovanna Torreão, Do jornal O Povo para a Rede Nordeste

Publicado em 25/12/2021 às 12:51 | Atualizado em 25/12/2021 às 12:52
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Está prevista para acontecer no dia 4 de setembro do próximo ano a cerimônia de beatificação do papa João Paulo I, na Praça São Pedro, que fica em frente à Basílica de São Pedro, no Vaticano. A Santa Sé reconheceu, no último dia 13 de outubro, um milagre atribuído a Albino Luciani, o papa João Paulo I. O anúncio foi realizo pelo Vaticano nessa sexta-feira (24), véspera de Natal.

O pontífice comandou a Igreja Católica por 33 dias, de 26 de agosto a 28 de setembro de 1978, um dos menores pontificados da história. O milagre reconhecido foi a cura de uma menina de 11 anos, que sofria de uma "encefolapatia inflamatória grave e aguda, de epilepsia refratária e de choque séptico", em Buenos Aires, capital da Argentina, em 23 de julho de 2011.

O estado clínico da criança era "muito grave e caracterizado por diversas crises epilépticas diárias e por um quadro séptico de broncopneumonia", de acordo com a Congregação para as Causas dos Santos. João Paulo I será o sexto pontífice que governou a Igreja Católica no século XX a ser beatificado, segundo declaração da vice-postuladora da causa Stefania Falasca ao jornal Avvenire.

Já foram beatificados os papas Pio X (1903-1914), João XXIII (1958-1963), Paulo VI (1963-1978) e João Paulo II (1978-2005). A legislação canônica em vigor indica que será necessário aguardar o resultado de outro processo "Super Miro" (sobre o milagre) após a beatificação para que João Paulo I seja canonizado.

O papa dos sorrisos

Nascido em 17 de outubro de 1912 no norte da Itália, mais precisamente na cidade de Canale d'Agordo, Albino Luciani veio de uma família humilde. Mesmo tendo ocupado o trono por apenas 33 dias, o jeito carismático do clérigo o rendeu o apelido de "papa dos sorrisos".

Luciani foi o primeiro pontífice a adotar um nome duplo, e o fez em homenagem a seus dois antecessores, João XXIII e Paulo VI, ambos já canonizados pela Igreja Católica.

Vítima de um ataque cardíaco fulminante, Albino Luciani morreu aos 65 anos de idade, no dia 28 de setembro de 1978. Conforme a legislação canônica, para que uma pessoa seja beatificada e depois se torne um santo, é preciso a comprovação de ao menos dois milagres.

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