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Nova York deve demitir três mil funcionários que recusaram vacina contra covid-19

A cidade demitirá cerca de três mil funcionários nesta sexta-feira (11), principalmente policiais, bombeiros, profissionais de saúde e professores, que recusaram a vacina

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AFP

Publicado em 11/02/2022 às 16:14 | Atualizado em 11/02/2022 às 21:17
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A cidade de Nova York demitirá cerca de três mil funcionários nesta sexta-feira (11), principalmente policiais, bombeiros, profissionais de saúde e professores, que recusaram a vacina contra a covid-19, informa a mídia local.

Essa medida ocorre em meio ao crescente descontentamento com as restrições para combater a pandemia, o que levou vários estados a suspenderem a obrigatoriedade da máscara em locais fechados.

Em Nova York, a obrigatoriedade da vacina foi decretada em outubro pelo então prefeito Bill de Blasio. Seu sucessor, Eric Adams, apoiou a medida e, em 31 de janeiro, anunciou que 11 de fevereiro seria o último dia de trabalho para funcionários não vacinados.

Ao todo, isso representa menos de 1% da força de trabalho dos 370.000 funcionários da cidade de Nova York. Destes, 95% já receberam pelo menos uma dose da vacina.

"Tem que se vacinar. Se não seguir as regras, você está tomando essa decisão", disse Adams na quinta-feira em coletiva de imprensa. "Todo mundo entendeu", disse o prefeito, que assumiu o cargo em 1º de janeiro.

Por esse motivo, especificou que esses funcionários recalcitrantes não estão sendo demitidos, mas sim "deixando" seus empregos.

Mas o número de demissões pode aumentar. Pelo menos 13.044 pessoas alegaram razões religiosas e médicas para não serem vacinadas, das quais pouco mais da metade teria sido processada. Pouco mais de 2.000 foram aprovados e quase 5.000 negados, de acordo com a mídia local citando fontes do município.

A cidade de Nova York, que foi duramente atingida pelo coronavírus na primavera boreal de 2020, decretou a vacinação obrigatória para todos os funcionários desde 1º de novembro passado.

A partir de 27 de dezembro, ampliou essa exigência para os trabalhadores das 184 mil empresas do setor privado e para maiores de 12 anos que quisessem entrar em locais públicos como restaurantes e teatros ou cinemas.

Pelo menos 38 mil pessoas perderam a vida na metrópole de quase 9 milhões de habitantes devido à covid-19.

Outras cidades como Boston e Chicago também impuseram essa exigência para seus funcionários, embora, como a Big Apple, tenham encontrado forte resistência entre os sindicatos, que recorreram aos tribunais para reverter o mandato, sem muito sucesso até agora.

Esta semana, um grupo de sindicatos entrou com uma ação no tribunal contra a cidade, que eles dizem estar desrespeitando os procedimentos para demitir funcionários, afirmou o New York Times.

Em outros lugares como São Francisco, o estado de Washington e Massachusetts, centenas de trabalhadores perderam seus empregos por se recusarem a se vacinar.

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