Invasão russa

ONU pede acesso à ajuda humanitária e proteção dos menores na Ucrânia

Os trabalhadores humanitários devem poder desfrutar de "proteção" ao levar ajuda à população "em todas as regiões da Ucrânia afetadas pelo conflito"

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AFP

Publicado em 25/02/2022 às 18:40
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A ONU quer "acesso seguro e livre" à ajuda humanitária na Ucrânia, que é alvo de uma invasão militar por parte da Rússia, assim como proteção para os menores de idade, declararam nesta sexta-feira (25) funcionários da organização.

Os trabalhadores humanitários devem poder desfrutar de "proteção" ao levar ajuda à população "em todas as regiões da Ucrânia afetadas pelo conflito", exortou nesta sexta em uma coletiva de imprensa o secretário-geral adjunto para Assuntos Humanitários, Martin Griffiths.

A ONU estima que há cerca de 100.000 deslocados pelo conflito. "Esperamos mais 1,8 milhão, ou até mais que isso" no futuro, disse Griffiths, que detalhou que nem todas essas pessoas necessariamente precisam de ajuda humanitária.

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Antes do início do conflito, a ONU prestava assistência a cerca de 3 milhões de pessoas, em particular no leste da Ucrânia, lembrou.

Além disso, Griffiths esclareceu que, neste momento, todos as equipes do sistema ONU continuam na Ucrânia, apenas o pessoal não essencial e familiares foram evacuados.

Também indicou que haverá uma solicitação de recursos em Genebra nos próximos dias para fazer frente a uma "escala de necessidades" que deverá figurar "entre as mais altas".

O impacto das sanções econômicas impostas à Rússia para o trabalho das organizações humanitárias está sendo avaliado em conjunto com o Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV), acrescentou o funcionário.

Em um comunicado conjunto, as emissárias da ONU para a infância em conflitos armados e para a violência contra os menores de idade, Virginia Gamba e Najat Maalla M'jid, lembraram a "todas as partes" em conflito, na Ucrânia e em seu entorno, que a proteção dos civis deve ser "a principal prioridade".

"Os 7,5 milhões de menores na Ucrânia devem ser protegidos das consequências do conflito" e "não devem ser recrutados ou utilizados", diz a nota. "Instamos todas as partes a que se abstenham de atacar infraestruturas civis, em particular, as que têm impacto para as crianças, como escolas e instalações médicas, assim como sistemas de água e saneamento", acrescentaram.

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