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Avião da FAB resgatará brasileiros que deixaram a Ucrânia

Aeronave está prevista para decolar na segunda-feira (7) à tarde, de Brasília (DF)

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Estadão Conteúdo, Ana Maria Miranda

Publicado em 03/03/2022 às 15:00 | Atualizado em 03/03/2022 às 15:05
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Uma aeronave KC-390 Millennium da Força Aérea Brasileira (FAB) irá resgatar brasileiros que estão deixando a Ucrânia, país que sofre invasão da Rússia desde a semana passada. O avião está previsto para decolar na segunda-feira (7) à tarde, de Brasília (DF), e irá buscar os brasileiros em Varsóvia, na Polônia.

Os cidadãos deverão embarcar de acordo com orientações do Ministério das Relações Exteriores. Não foi informado o número de passageiros que a aeronave comporta. O avião irá transportar ainda 11,5 toneladas de material de ajuda humanitária.

De acordo com a assessoria de imprensa do Centro de Comunicação Social da Aeronáutica, a aeronave fará paradas técnicas no Recife, em Cabo Verde e em Lisboa. A previsão é de que a chegada ao Brasil aconteça na quinta-feira (10), pela manhã.

Transferência da embaixada

O ministro das Relações Exteriores, Carlos França, oficializou nessa quarta-feira (2) a transferência das operações da embaixada brasileira em Kiev, capital da Ucrânia, atualmente o principal alvo da incursão militar da Rússia no país.

Com a transferência, as atividades diplomáticas e consulares ficarão concentradas agora em Lviv - "para onde conflui a maior parte dos nacionais em direção à Polônia -, e Chisinau, na Moldávia, por onde passam boa parte dos brasileiros que decidem sair da Ucrânia com direção à Romênia".

O chanceler afirmou, em circular-telegráfica, que o motivo foi o "agravamento da situação na Ucrânia, sobretudo com a possibilidade da intensificação de ataques a Kiev". Ele não cita, na circular, a palavra guerra, tampouco atribui a ofensiva aos russos. O ministro disse que o objetivo é "intensificar os esforços da diplomacia brasileira na assistência aos nacionais brasileiros que desejam deixar o território ucraniano ou que estão em trânsito em países vizinhos". O chanceler emitiu o documento diplomático com instruções às embaixadas na Ucrânia, Polônia, Romênia, Hungria e Eslováquia.

Além disso, oito diplomatas foram enviados de postos no serviço exterior para reforçar o atendimento consular e também já chegaram ao Leste Europeu. "Combinado com os destacamentos oriundos das embaixadas em Varsóvia e Bucareste, às quais muito agradeço, os postos de atendimento em Lviv e Chisinau tornarão a presença consular brasileira mais intensa e visível em pontos fundamentais das rotas de saída de território ucraniano", disse o chanceler.

Na terça-feira, 1º, o Itamaraty já havia comunicado sobre a abertura de missões de apoio temporárias fora de Kiev, o que implicou no deslocamento do embaixador Norton Rapesta e de outros servidores brasileiros, diplomatas e oficiais de chancelaria. Eles foram divididos entre os novos postos consulares. Segundo o ministério, as atividades da embaixada em Kiev não foram encerradas completamente. Mas o prédio não está sendo frequentado. Servidores contratados localmente prestam atendimento, por enquanto, em regime de trabalho remoto, a distância.

Por orientação do chanceler, o embaixador Rapesta, a ministra-conselheira Elda Maria Gaspar Alvarez e o oficial de chancelaria Clovis Gomes de Aguiar Filho vão se instalar em Chisinau, com o equipamento de comunicação da embaixada. O primeiro secretário André Tenório Mourão permanecerá em Lviv para coordenação com a força-tarefa dedicada a auxiliar na retirada dos brasileiros da zona de conflito.

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