Rússia

Kremlin pede união dos russos ao redor de Putin durante invasão da Ucrânia

As autoridades russas reforçaram o controle interno da informação após a invasão da Ucrânia, incluindo o fechamento de meios de comunicação independentes, bloqueios de sites, entre outros

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AFP

Publicado em 04/03/2022 às 9:53
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O Kremlin afirmou nesta sexta-feira (4) que chegou o momento para a população se unir em torno do presidente Vladimir Putin, no nono dia da invasão da Ucrânia.

"Agora não é hora de divisão, é o momento de união. E união ao redor do nosso presidente", afirmou o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, em um encontro com a imprensa, ao ser questionado sobre os apelos de personalidades da cultura contrárias à guerra.

"Há de fato debates acalorados entre as personalidades da cultura. Há quem apoie o presidente, que apoia o presidente com sinceridade. E há quem não entende o que está acontecendo", disse, estimando ser necessários "explicar as coisas para eles pacientemente".

Muitas petições cidadãs circulam contra a guerra, entre elas as de personalidades culturais, mas também de profissionais da área médica.

As autoridades russas reforçaram o controle interno da informação após a invasão da Ucrânia, incluindo o fechamento de meios de comunicação independentes, bloqueios de sites e a adoção pendente de emendas legislativas que introduzem sentenças de prisão para os culpados de distribuir "informações falsas" sobre o Exército.

Sobre o conflito em si na Ucrânia, o porta-voz do Kremlin disse que Putin não planeja falar com o presidente ucraniano, estimando que as discussões que aconteceram no dia anterior devem continuar neste formato envolvendo representantes das presidências.

"Essas negociações são uma boa maneira de transmitir ao lado ucraniano nossa visão do problema", declarou Peskov.

Por fim, o presidente russo não pretende ter uma discussão com seu colega americano, Joe Biden.

"Tal conversa não está planejada. Atualmente, é difícil considerar esses parceiros como interlocutores", disse Peskov, enquanto a Rússia acusa o Ocidente em geral e os Estados Unidos em particular de instrumentalizar a Ucrânia contra Moscou.

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