Biden sobre Putin: 'Este homem não pode permanecer no poder'
O presidente dos Estados Unidos esteve reunido com dois ministros ucranianos para demonstrar seu apoio ao país invadido pela Rússia e questionou que Moscou tenha limitado seus objetivos militares, depois de um mês de duros combates
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse que seu contra-parte russo, Vladimir Putin, "não pode permanecer no poder", em discurso feito em Varsóvia , neste sábado (26), sobre o conflito na Ucrânia. Ele esteve reunido com dois ministros ucranianos para demonstrar seu apoio ao país invadido pela Rússia e questionou que Moscou tenha limitado seus objetivos militares, depois de um mês de duros combates.
"Nós teremos um futuro diferente, um futuro mais brilhante arraigado na democracia e, principalmente, em esperança e luz", disse Biden ao concluir o seu abrangente discurso. "Pelo amor de Deus, este homem não pode permanecer no poder", disse o presidente dos EUA.
Na capital polonesa, Biden teve seu primeiro encontro com membros do governo de Kiev desde o início da invasão russa à Ucrânia, em 24 de fevereiro. Na conversa com o ministro ucraniano das Relações Exteriores, Dmytro Kuleba, e o da Defesa, Oleksiy Reznikov, tratou-se do "compromisso inabalável [dos Estados Unidos] com a soberania e com a integridade territorial da Ucrânia", disse o porta-voz do Departamento de Estado dos americano, Ned Price.
Depois disso, Biden se reuniu com o presidente polonês, Andrzej Duda, a quem reiterou o "compromisso sagrado" dos Estados Unidos com o pacto de defesa coletiva da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), em uma mensagem dirigida aos países da fronteira com a Ucrânia preocupados com a ofensiva russa.
O presidente russo, Vladimir Putin, ordenou a invasão com o objetivo de destruir as capacidades militares desta ex-república soviética e derrubar o governo pró-ocidental de Volodymyr Zelensky. Um mês depois, porém, as tropas russas parecem longe dos avanços esperados: não conseguiram capturar quase nenhuma cidade importante, e os ataques a civis são cada vez mais letais.
Na sexta-feira, um funcionário russo de alta patente anunciou, inesperadamente, que a partir de agora a ofensiva se concentrará na "libertação" de Donbass, no leste do país, já parcialmente dominado por grupos separatistas pró-Moscou. O chefe do Estado-Maior adjunto das Forças Armadas, Serguei Rudskoy, afirmou que esta nova orientação se deve ao fato de "os principais objetivos da primeira fase da operação terem sido alcançados" e "as capacidades de combate das forças ucranianas terem sido reduzidas de maneira significativa".