visita à ásia
Se China invadisse Taiwan, EUA iriam interferir militarmente, diz Biden
Em visita à Ásia, Biden enfatizou que os EUA continuam comprometidos com a política de "uma só China", e que, apesar de não endossar, reconhece a afirmação de que Taiwan é parte da China
Do Estadão Conteúdo
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou nesta segunda-feira (23) que, caso a China tentasse tomar Taiwan à força, os EUA responderiam militarmente para defender a ilha. "Sim, esse é um compromisso que assumimos", afirmou ao ser questionado por um repórter.
Em visita à Ásia, Biden enfatizou que os EUA continuam comprometidos com a política de "uma só China", e que, apesar de não endossar, reconhece a afirmação de que Taiwan é parte da China. O presidente americano, porém, destacou que essa premissa não dá ao governo chinês o direito de tomar Taiwan à força.
Na sequência, Biden minimizou a possibilidade de invasão, mas acrescentou que é importante que os líderes mundiais enviem uma forte mensagem de que haverá consequências se Pequim optar por realizar a ação.
Na ocasião, o presidente também comentou a relação dos EUA com a Coreia do Norte e afirmou estar aberto para se encontrar com o líder norte-coreano, Kim Jong Un. A declaração ocorre dois dias depois de Biden se encontrar com o novo presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol, e anunciar que os dois países darão início a conversas para expandir "o escopo e a escala" de exercícios militares conjuntos para deter a ameaça nuclear da Coreia do Norte.
Pacto comercial
Joe Biden também anunciou nesta segunda-feira que 12 países aderiram ao Quadro Econômico Indo-Pacífico (IPEF, na sigla em inglês), um novo pacto comercial que pretende aproximar Washington de economias asiáticas em questões como cadeias de suprimentos, comércio digital, energia limpa e esforços anticorrupção.
Austrália, Índia, Japão, Coreia do Sul e Nova Zelândia estão entre os signatários, assim como Brunei, Indonésia, Malásia, Filipinas, Cingapura, Tailândia e Vietnã. Junto com os Estados Unidos, essas nações representam 40% do PIB global.
Em comunicado conjunto, os países afirmaram que, após os distúrbios causados pela pandemia da covid-19 e a guerra na Ucrânia, o pacto ajudará coletivamente a preparar as "economias para o futuro". Fontes: Dow Jones Newswires e Associated Press.