JAPÃO

Quem é o atirador que matou Shinzo Abe, ex-primeiro-ministro do Japão?

De acordo com fontes policiais citadas pela imprensa japonesa, o suspeito preso é um japonês de 41 anos chamado Tetsuya Yamagami

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Bruno Vinicius

Publicado em 08/07/2022 às 10:38 | Atualizado em 08/07/2022 às 10:51
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Da AFP

O ex-primeiro-ministro japonês Shinzo Abe, que marcou a vida política de seu país na última década e que continuava muito influente, faleceu nesta sexta-feira (8) vítima de um ataque a tiros durante um comício eleitoral.

O que aconteceu com Shinzo Abe?

Abe, de 67 anos, fazia um discurso esta manhã em um comício eleitoral organizado perto de uma estação de trem em Nara (oeste do Japão) antes das eleições para o Senado de domingo.

Ele compareceu ao local para apoiar Kei Sato, um candidato de seu partido político, o Partido Liberal-Democrata (PLD, direita nacionalista), que governa o Japão.

Quem é o atirador?

De acordo com fontes policiais citadas pela imprensa japonesa, o suspeito preso é um japonês de 41 anos chamado Tetsuya Yamagami.

Este morador de Nara serviu por três anos na Força de Autodefesa Marítima Japonesa, a Marinha do país, até 2005, de acordo com a imprensa, que citou como fonte o ministério da Defesa.

Ele teria fabricado sua própria arma de fogo - as restrições relativas à posse e porte de armas no Japão são extremamente rígidas.

De acordo com a NHK, ele declarou aos investigadores após sua prisão que estava "frustrado" com Abe e que atirou com a intenção de matá-lo.

A polícia revistou sua casa, onde foram encontrados produtos potencialmente explosivos, segundo a emissora pública de televisão.

Quais foram as reações?

O ataque contra Abe chocou todo o Japão e provocou uma onda de comoção também no exterior.

Visivelmente afetado, o primeiro-ministro Fumio Kishida, de quem Abe foi mentor político, denunciou um "ato bárbaro" e "absolutamente imperdoável".

A classe política japonesa condenou unanimemente o ataque e os partidos suspenderam a campanha eleitoral para as eleições de domingo.

Kishida declarou que os preparativos eleitorais continuariam porque "é absolutamente necessário defender eleições livres e justas, que são a base da democracia".

Políticos de todo o mundo, dos Estados Unidos à União Europeia e à China, expressaram seu choque e tristeza.

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