COPA DO MUNDO 2022

COPA DO MUNDO 2022: Catar prende e deporta estrangeiros após não pagar salários; atitude alimenta desconfiança antes da Copa

O Catar, país sede da Copa do Mundo 2022, prendeu trabalhadores estrangeiros envolvidos com as obras para sediar o evento de futebol

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Agência Estado

Publicado em 22/08/2022 às 14:30 | Atualizado em 22/08/2022 às 14:31
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Com informações da Agência Estado
O Catar, país sede da Copa do Mundo 2022, prendeu trabalhadores estrangeiros envolvidos com as obras para sediar o evento global, após o grupo protestar sobre salários atrasados
De acordo com a agência de notícias Associated Press, pelo menos 60 estrangeiros acabaram presos depois da manifestação e alguns deles foram deportados pelo governo local. Segundo a consultoria de direitos humanos Equidem, alguns dos estrangeiros não recebiam salários há sete meses. 
A situação aumenta a preocupação despertada desde que o país árabe foi escolhido pela Fifa como casa da Copa deste ano. Segundo levantamento feito pelo jornal britânico The Guardian, até junho de 2021, mais de 6 mil trabalhadores imigrantes morreram após o início das obras para sediar um dos principais eventos esportivos do mundo.

ESTRAGEIROS PROTESTAM POR SALÁRIOS NO CATAR

O protesto ocorreu há uma semana, no dia 14 de agosto. O grupo de trabalhadores se manifestou na capital Doha, em frente aos escritórios do Al Bandary International Group, conglomerado que atua nos ramos de construção, imobiliária, hotelaria, serviços de alimentos, entre outras áreas. 
Em nota, o governo comunicou que "vários manifestantes foram detidos por violar as leis de segurança pública". Além disso, confirmou que Al Bandary estava devendo pagamentos, mas que o Ministério do Trabalho irá arcar com os valores atrasados.
"A empresa estava sendo investigada pelas autoridades por não pagar os salários relacionados ao incidente, e agora serão tomadas mais medidas para acertar um prazo para acertar os pagamentos de salários que não foram cumpridos", afirmou o governo, sem dar detalhes sobre a situação em que se encontram os trabalhadores detidos.
Segundo a Equidem, a polícia levou os manifestantes a um centro de detenção, onde estão sofrendo com um calor sufocante, sem ar condicionado. Nesta semana, os termômetros marcaram 41° graus em Doha. Os policiais teriam dito que "se podem protestar no calor, podem dormir sem ar condicionado", conforme relatou Mustafa Quadri.

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