Da AFP
Os Estados Unidos mataram Ayman al-Zawahiri, chefe da Al-Qaeda, no último fim de semana, em um ataque com drones no Afeganistão, afirmou a imprensa americana, após a Casa Branca anunciar uma "operação antiterrorista bem-sucedida".
Ayman al-Zawahiri, considerado o cérebro por trás dos atentados de 11 de setembro de 2001 que deixaram quase 3.000 mortos em Nova York, assumiu a liderança da organização terrorista depois da morte de Osama bin Laden, em 2011.
Ele era um dos terroristas mais procurados no mundo pelos Estados Unidos, que oferecia US$ 25 milhões em recompensa por qualquer informação que levasse a sua prisão ou condenação.
"No último sábado, sob minhas ordens, os Estados Unidos realizaram um ataque aéreo sobre Cabul, que matou o emir da Al-Qaeda, Ayman al-Zawahiri", informou o presidente Joe Biden em pronunciamento na Casa Branca.
"A justiça foi feita e esse líder terrorista não existe mais", acrescentou Biden.
Em agosto de 2020, o número dois da Al-Qaeda, Abdullah Ahmed Abdullah, foi morto nas ruas de Teerã por agentes israelenses durante uma missão secreta liderada por Washington, segundo The New York Times.
Sua morte foi um duro golpe para a organização terrorista, já debilitada e ofuscada pelo grupo Estado Islâmico (EI).
- "Não houve vítimas civis" -
Quando Ayman al-Zawahiri herdou em 2011 uma organização decadente, precisou, para sobreviver, multiplicar as "franquias" e seus juramentos de lealdade circunstanciais, da Península Arábica a Magred, da Somália ao Afeganistão, Síria e Iraque.
No final de 2020, houve rumores de que ele havia morrido por uma doença cardíaca, mas o líder reapareceu em um vídeo.
Nesta segunda-feira, um funcionário do governo americano afirmou que os Estados Unidos realizaram durante o fim de semana uma "operação antiterrorista contra um alvo importante da Al-Qaeda" no Afeganistão, sem mencionar Ayman al-Zawahiri.
A operação "foi bem-sucedida e não houve vítimas civis", completou.
De acordo com a imprensa americana, Ayman al-Zawahiri teria sido morto em um ataque com drones realizado pela Agência Central de Inteligência (CIA) na capital afegã, Cabul.
O anúncio acontece quase um ano após a caótica retirada das forças americanas do Afeganistão que permitiu aos talibãs recuperar o controle do país após 20 anos.
Em meados de julho, os Estados Unidos anunciaram a morte do líder do grupo Estado Islâmico (EI) na Síria, Maher al Agal, durante um ataque com drones, uma operação que "enfraqueceu consideravelmente a capacidade" da organização "para preparar, financiar e realizar operações na região", afirmou um porta-voz militar americano.