Cachorros da rainha Elizabeth: quem deve ficar com o corgi da monarca?
Especulações sobre quem será responsável pelos cachorros que a rainha idolatrava já tomam conta da imprensa britânica

Com AFP
A rainha Elizabeth II, que faleceu aos 96 anos nessa quinta-feira (8), era uma grande amante dos corgis - uma raça de cachorro de patas curtas do País da Gales - ao ponto de ter criado ela mesma uma longa linhagem desses cães.
Tratados como membros da família, eles podiam passear com total liberdade pelo Palácio de Buckingham e foram imortalizados junto a ela em fotografias e pinturas.
Sua paixão começou com Susan, a primeira corgi que ganhou de presente quando completou 18 anos, em 1944. Durante sua vida, ela teve mais de 30 animais da raça. Na cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Londres, em 2012, a rainha estrelou com eles ao lado do ator Daniel Craig.
O último deles, Willow, morreu em 2018. Após isso, segundo a imprensa britânica, a rainha parou de criá-los por temer que ficassem órfãos após sua morte.
Mas seu filho Andrew a presenteou em 2021 com dois cães dorgi (cruzamento entre dachshund, o "cão salsicha", e corgi) para animá-la durante a hospitalização de seu marido, o príncipe Philip, que morreu pouco depois. No entanto, só um deles sobreviveu: Muick.
Até agora, o Palácio de Buckingham ainda não anunciou oficialmente quem vai tomar conta dos animais, mas a imprensa do Reino Unido já começou a especular sobre o assunto. A aposta é que a responsabilidade fique para o princípe Andrew, o segundo filho da rainha.

A autora Peny Junor, que escreveu em 2018 uma obra sobre os cães reais, "All The Queen's Corgis", secretários como Paul Whybrew ou o braço-direito da rainha, sua assistente Angela Kelly, podem ficar encarregados do animal. No entanto, essas são apenas hipóteses.
A rainha amava tanto seus corgis que supervisionava pessoalmente sua dieta diária, de acordo com o livro de Hoey, que traça os animais de estimação da realeza britânica desde o século 16.
Um funcionário preparava o jantar dos cães, composto por um bife e um peito de frango, que era servido todos os dias às 17h em ponto. A própria rainha chegou a servir o banquete.
Em seu livro, Hoey sugere que a monarca preferia a companhia de animais à de humanos. A realeza "desconfia de quase todos fora de sua própria família, então as únicas criaturas em que realmente confiam não são da espécie humana", disse ele.
Mas nem todos no Palácio de Buckingham tinham o mesmo entusiasmo. Dizem que o príncipe Philip era avesso a esses animais porque eles latiam muito, de acordo com Hoey.
Ameaçada de extinção em 2014, quando apenas 274 exemplares foram registrados, a raça vivenciou um renascimento quando anos depois a produtora de televisão Netflix os retratou ao lado de Elizabeth II na série de sucesso "The Crown", que narra seu reinado.
Assim, os corgis voltaram à moda. Desde que a primeira temporada foi ao ar em 2017, os registros de filhotes de corgis aumentaram constantemente, quase dobrando entre 2017 e 2020, de acordo com o Kennel Club, a maior organização de saúde canina britânica. Em 2018, a instituição conseguiu removê-los da lista de raças de cães em perigo de extinção.