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Rússia afirma que teto do preço do petróleo não afetará ofensiva na Ucrânia

União Europeia, G7 e Austrália adotaram teto ao petróleo russo

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AFP

Publicado em 05/12/2022 às 10:09 | Atualizado em 05/12/2022 às 10:11
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O teto ao preço do petróleo russo decidido pelas potências ocidentais não terá impacto na ofensiva de Moscou na Ucrânia, afirmou o Kremlin nesta segunda-feira (5).

"A economia da Federação da Rússia tem todas as capacidades necessárias para responder plenamente às necessidades e requisitos da operação militar especial. Estas medidas não terão impacto", disse o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov.

União Europeia

O porta-voz se referia ao teto que União Europeia, G7 e Austrália adotaram contra o petróleo russo para prejudicar a economia de Moscou.

O mecanismo prevê que apenas o petróleo russo vendido a um preço igual ou inferior a 60 dólares pode ser entregue.

O valor do barril de petróleo dos Urais era negociado até semana passada a 65 dólares, um pouco acima do teto adotado, que entra em vigor nesta segunda-feira.

O objetivo da nova sanção é privar a Rússia de uma parte dos recursos obtidos com a venda de combustíveis e reduzir a capacidade de financiamento do esforço de guerra na Ucrânia.

Peskov disse que as medidas "talvez tenham um impacto na estabilidade do mercado mundial de energia" e que representam um "passo para a desestabilização".

Moscou

O porta-voz destacou que Moscou está preparando represálias pela adoção do teto ao preço de seu petróleo.

O limite de preço coincide com a entrada em vigor nesta segunda-feira do embargo da UE à importação de petróleo russo por via marítima.

O Kremlin alertou que não entregará mais petróleo aos países que adotarem o mecanismo de teto de preços, uma posição reiterada no domingo pelo vice-ministro de Energia, Alexander Novak.

Novak afirmou que o país está trabalhando em "mecanismos" para "proibir o uso" da ferramenta de limitação do preço.

"Uma interferência do tipo só pode provocar uma grande desestabilização do mercado e a escassez de recursos energéticos", disse.

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