Casa Branca confirma descoberta de documentos confidenciais em residência de Biden
Durante uma coletiva de imprensa, Biden disse estar "cooperando completamente"
AFP
"Um pequeno número" de documentos confidenciais que remontam à época em que Joe Biden era vice-presidente de Barack Obama foi encontrado na residência particular do atual presidente em Wilmington, Delaware — confirmou a Casa Branca nesta quinta-feira (12).
Durante uma coletiva de imprensa, Biden disse estar "cooperando completamente" com a Justiça.
Após a descoberta de uma dezena de documentos deste tipo em um escritório que Joe Biden usou em Washington, seus advogados inspecionaram suas duas residências privadas, às quais "poderiam ter sido levados durante a transição de 2017", explicou, em nota, o advogado da Presidência, Richard Sauber.
Foi encontrado "um pequeno número de documentos adicionais que datam da administração Obama-Biden e classificados como confidenciais" na garagem de sua casa em Wilmington, Delaware, e em um cômodo vizinho, disse.
Não foi encontrado nenhum em sua residência na cidade litorânea de Rehoboth, na costa leste, acrescentou Sauber, assegurando que o Departamento de Justiça foi informado do fato imediatamente para que se apoderasse dos documentos.
Estas revelações deixam a Casa Branca em apuros, em um momento em que as autoridades investigam uma suposta má gestão de documentos sigilosos por seu antecessor, o republicano Donald Trump.
O FBI (polícia federal americana) revistou em agosto o clube privado de Mar-a-Lago, na Flórida, onde o bilionário mora desde que deixou a Casa Branca.
Na ocasião, a polícia federal apreendeu milhares de documentos, inclusive cem classificados como secretos.
Investigação de Biden
Os republicanos reagiram nesta quinta pedindo que Biden seja investigado pela descoberta dos documentos confidenciais.
"O Congresso deve investigar este caso", declarou à imprensa o líder republicano e presidente da Câmara de Representantes, Kevin McCarthy, que denunciou "um novo passo em falso da administração Biden".
Uma lei de 1978 obriga os presidentes e vices americanos a enviarem todos os seus e-mails, cartas e outros documentos de trabalho aos Arquivos Nacionais.