LATROCÍNIO

Detido no Panamá, brasileiro pode pegar prisão perpétua nos Estados Unidos

O mineiro Bruno Menezes de Freitas, 19 anos, é suspeito de cometer latrocínio contra outro brasileiro na Filadélfia

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Cadastrado por

Margarida Azevedo

Publicado em 21/01/2023 às 21:38 | Atualizado em 21/01/2023 às 21:41
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Do Estadão Conteúdo

Preso pela Interpol no Aeroporto Internacional do Panamá no dia 21 de dezembro, sob suspeita de latrocínio de cidadão brasileiro na Filadélfia, no Estado americano da Pensilvânia, Bruno Menezes de Freitas, de 19 anos, pode ser extraditado para os Estados Unidos, e lá cumprir prisão perpétua sem direito a condicional.

Natural de Ipatinga, Minas Gerais, o jovem foi detido quando fazia a conexão de um voo que partiu do México para o Brasil. O pedido de extradição já foi feito pela Justiça americana às autoridades panamenhas.

Freitas morava nos Estados Unidos havia três anos e estava acompanhado de ao menos mais um brasileiro no momento do crime, cuja autoria ele nega.

Segundo as autoridades americanas, o homicídio foi consequência do outro crime originalmente pretendido: praticar um roubo contra a vítima.

Na Pensilvânia, apesar de vigorar uma moratória às execuções capitais (pena de morte), o latrocínio (felony murder) é automaticamente considerado homicídio de segundo grau (second degree murder), e recebe pena mandatória de prisão perpétua.

Mais do que uma extradição comum, o caso de Bruno Freitas assume contornos de potencial imbróglio judicial.

A aplicação da pena de prisão perpétua a condenados extraditados fere a Convenção Interamericana sobre Extradição da Organização dos Estados Americanos (OEA).

 

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