ACIDENTE

Presidente do Peru visita região atingida por deslizamentos com dezenas de mortes

Deslizamentos de terra deixaram um saldo preliminar de 15 mortos, 20 feridos, dois desaparecidos e cerca de 12 mil atingidos

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Filipe Farias

Publicado em 07/02/2023 às 22:22
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Presidente do Peru Dina Boluarte visitou a região de Arequipa (sul), onde violentos deslizamentos de terra provocaram 15 mortes e milhares de atingidos
Presidente do Peru Dina Boluarte visitou a região de Arequipa (sul), onde violentos deslizamentos de terra provocaram 15 mortes e milhares de atingidos - Reprodução do Twitter / @presidenciaperu

Da AFP

A presidente do Peru, Dina Boluarte, visitou, nesta terça-feira (7), a região de Arequipa (sul), onde violentos deslizamentos de terra deixam um saldo preliminar de 15 mortos e milhares de atingidos, mas as autoridades regionais acreditam que o número de óbitos é ainda maior.

A mandatária fez um sobrevoo pelas localidades mais atingidas da província de Camaná (oeste de Arequipa), 840 km ao sul da capital Lima, onde há a exploração de garimpo artesanal e poderia haver trabalhadores soterrados por conta dos deslizamentos que estão sendo registrados desde domingo.

"Viemos de lá e pudemos ver que as estradas já estão sendo desobstruídas para que possa chegar imediatamente não somente a ajuda [...] Estamos trabalhando em uma resposta extremamente rápida para esta situação crítica", disse Boluarte durante coletiva de imprensa em um aeroporto regional.

O saldo dos deslizamentos também inclui 20 feridos, dois desaparecidos e cerca de 12 mil atingidos, segundo informações do Instituto Nacional de Defesa Civil (Indeci) e do governo regional de Arequipa.

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Na localidade de Secocha, uma das mais castigadas pelos deslizamentos, Pedro Bocanegra, um garimpeiro de 27 anos, relatou à AFP que, ao lado dos oito integrantes de sua família, vive "dias de incerteza ao ver o desastre que nos deixou este 'huaico' [como são chamados os deslizamentos de terra no Peru]".

"Fomos testemunhas de desmoronamentos de casas, de moradias completas que se foram, famílias que foram enterradas. Há muita gente, muitas famílias que perderam tudo", declarou Bocanegra por telefone à France Presse.

Usando máquinas pesadas, mas ainda sem o reforço de policiais e militares, cujo acesso ao local só é possível por via aérea devido aos danos causados pelos deslizamentos nas estradas, os moradores de Secocha trabalham na remoção de escombros, e têm encontrado diversos corpos, segundo Bocanegra.

Meios de comunicação locais reportam entre 30 e 40 mortos no desastre.

MAIS VÍTIMAS

Embora este número não esteja confirmado por autoridades, o governador de Arequipa, Rohel Sánchez, reconheceu ontem que "existe grande probabilidade" de haver pessoas soterradas nos túneis onde os garimpeiros trabalham extraindo ouro.

Além disso, os deslizamentos danificaram 310 residências e destruíram outras 10, e também atingiram um estabelecimento de saúde e três estradas rurais, acrescentou o Indeci.

Nesta terça-feira, o governo nacional deu início ao envio de 61 toneladas de ajuda humanitária para os atingidos pela catástrofe.

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