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TERREMOTO DEVASTADOR: Grécia e Turquia buscam melhorar relações após terremoto

Apesar de um histórico de rivalidade com a Turquia, a Grécia foi um dos primeiros países europeus a enviar equipes de resgate e ajuda humanitária poucas horas após a catástrofe

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Filipe Farias

Publicado em 12/02/2023 às 10:49
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Da AFP

O ministro das Relações Exteriores da Grécia, Nikos Dendias, viajou para a Turquia neste domingo (12), em uma demonstração de apoio após o devastador terremoto de segunda-feira (6), apesar da rivalidade histórica entre esses dois países-membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).

Dendias foi recebido por seu homólogo turco, Mevlut Cavusoglu, segundo imagens transmitidas pelo canal estatal ERT TV, antes de embarcar em helicópteros para visitar as regiões afetadas pelo sismo.

É a primeira visita de um ministro europeu à Turquia desde o terremoto. "Gostaria de transmitir às autoridades turcas e ao povo turco minhas mais sinceras condolências em nome do governo e de todo o povo grego", disse Dendias, em entrevista coletiva com Cavusoglu em Antióquia, uma das áreas mais atingidas.

Cavusoglu destacou, por sua vez, que "a Grécia foi um dos primeiros países que ligaram e ofereceram ajuda à Turquia após o terremoto".

Apesar de um histórico de rivalidade com a Turquia, a Grécia foi um dos primeiros países europeus a enviar equipes de resgate e ajuda humanitária na segunda-feira, poucas horas após a catástrofe.

DIVERGÊNCIAS

Os dois países se opõem em questões de imigração, assim como sobre a questão dos hidrocarbonetos no Mediterrâneo.

Como países vizinhos que estão sobre falhas sísmicas, eles também têm, contudo, a tradição de ajudar uns aos outros quando há desastres naturais. "Espero que façamos um esforço para encontrar soluções para nossas diferenças por meio do diálogo, de uma forma sincera", disse Cavusoglu.

Dendias afirmou que não é necessário outro desastre para melhorar as relações, acrescentando que os esforços da Grécia para ajudar a Turquia continuarão.

O terremoto de magnitude 7,8 deixou mais de 28.000 mortos, milhares de feridos e milhões de desabrigados.

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