Documentos submetidos ontem à Justiça britânica pelos advogados do príncipe Harry, em uma ação contra o News Group Newspapers (NGN), do magnata Rupert Murdoch, sugerem que William e Charles fecharam acordos com a empresa que controla vários tabloides no Reino Unido - mais uma revelação com potencial para azedar ainda mais a relação entre o rei e seu filho caçula.
Segundo os documentos, William recebeu uma "soma muito grande" do NGN para encerrar uma ação judicial sobre escutas telefônicas, na qual o grupo é acusado de espionar a vida de celebridades, entre elas membros da família real.
Harry está processando o NGN por hackear suas mensagens de voz. Ele diz que o crime foi cometido pelos tabloides The Sun e pelo extinto News of the World, de 1994 a 2016. Uma audiência esta semana decidirá se o caso vai a julgamento.
Na ação apresentada ontem, a equipe jurídica de Harry alegou que houve um pagamento secreto do NGN para William, mas não revela o valor nem os detalhes.
Os documentos também sugerem que a rainha Elizabeth II pretendia processar o grupo de Murdoch, mas foi impedida pelo herdeiro, o príncipe Charles. Segundo o relato de Harry, o atual rei pretendia garantir uma cobertura favorável do Sun para ele e sua mulher, Camilla, quando eles eventualmente assumissem o trono.
Intrusão
Harry culpa a mídia pelo colapso de sua saúde mental, alega que os jornalistas destruíram muitos de seus relacionamentos e diz que os tabloides alimentam o ódio online que leva as pessoas ao suicídio. O Palácio de Buckingham e o príncipe William não comentaram o conteúdo da ação de Harry.
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