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Responsável por morte de homem negro no metrô de Nova York será acusado de homicídio involuntário

Daniel Penny, ex-sargento dos fuzileiros navais, de 24 anos, matou por asfixia Jordan Neely. O caso ocorreu no último dia 1º de maio

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Filipe Farias

Publicado em 11/05/2023 às 23:49
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Da AFP

A Justiça de Nova York indiciará por homicídio involuntário em segundo grau o responsável pela morte por asfixia do homem negro Jordan Neely, um imitador de Michael Jackson de 30 anos, ocorrida no metrô da cidade em 1º de maio, informou a promotoria nesta quinta-feira (11).

"Confirmamos que Daniel Penny será detido e acusado de homicídio involuntário em segundo grau", disse a promotoria em comunicado.

Está previsto que Penny, um ex-sargento dos fuzileiros navais de 24 anos, entregue-se nesta sexta-feira e compareça perante um juiz do tribunal penal de Manhattan para ouvir as acusações contra si, após a decisão da promotoria de indiciá-lo.

Penny imobilizou Neely, que entrou no vagão do metrô gritando que estava com fome e sede e que não se importava se morresse, com uma chave de luta livre que pressionou seu pescoço.

A morte do jovem sem-teto, que tinha problemas mentais e já era conhecido da polícia por dezenas de detenções, lembrou a de George Floyd, outro homem negro asfixiado por um policial em 2020, no incidente que levou ao surgimento do movimento "Black Lives Matter" ("As vidas dos negros importam", em tradução do inglês).

Segundo o médico legista de Nova York, Neely morreu por "compressão" do pescoço, resultado de um "homicídio".

Imagens que circularam

Em uma gravação em vídeo do jornalista mexicano Juan Alberto Vázquez, é possível ver uma pessoa imobilizando a vítima enquanto outras tentam mediar sua pulsação.

A polícia confirmou que, ao chegar ao local dos fatos, os agentes "encontraram um homem de 30 anos inconsciente que foi levado para o hospital Lenox Hill Health Plex, onde sua morte foi atestada".

A cidade de Nova York está discutindo formas para reduzir o número de pessoas afetadas por problemas mentais que vivem nas ruas. Em novembro do ano passado, o prefeito Eric Adams anunciou um plano de hospitalização forçada para pessoas sem-teto com problemas psiquiátricos severos, que se agravaram com a pandemia de covid-19.

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