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Madeleine McCann: polícia portuguesa encerra buscas e enviará achados para perícia

Materiais foram recolhidos e serão enviados para a perícia, mas não há indícios de que algo conclusivo tenha sido encontrado, disse a polícia

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Publicado em 25/05/2023 às 22:53
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Madeleine McCann desapareceu no dia 3 de maio de 2007 - FOTO: REPRODUÇÃO

As autoridades de Portugal confirmaram nesta quinta-feira, 25, o fim das buscas por Madeleine McCann em uma barragem perto da praia onde a menina desapareceu em 2007 em Algarve. Materiais foram recolhidos e serão enviados para a perícia, mas não há indícios de que algo conclusivo tenha sido encontrado, disse a polícia.

As buscas foram realizadas na barragem do Arade, a cerca de 50 quilômetros da Praia da Luz, em Algarve, onde a criança desapareceu da casa de férias da família. De acordo com um comunicado da polícia portuguesa, a procura resultou no recolhimento de materiais que serão periciados, mas não houve mais informações sobre que tipo de material foi encontrado.

A investigação do local foi retomada na última segunda-feira, 22, após um pedido da polícia alemã, que anunciou em junho de 2020 acreditar que Madeleine estava morta e que o suspeito Christian Brueckner provavelmente era o responsável. Ele costumava visitar o reservatório que virou alvo das buscas.

Mergulhadores e policiais com cães farejadores fizeram buscas no reservatório e arredores. Testemunhas disseram no primeiro dia de buscas que a polícia iniciou a operação por terra e na agua. Também foram utilizados drones para a investigação, além de tecnologia avançada para detectar vestígios humanos. A área ficou isolada.

Segundo a imprensa portuguesa, a polícia já vasculhou o reservatório em 2008, mas os mergulhadores só encontraram restos de animais.

O caso de Madeleine ganhou destaque mundial depois que ela desapareceu em 3 de maio de 2007, enquanto passava férias com sua família na vila costeira portuguesa de Praia da Luz.

Madeleine, que estava a poucos dias de completar 4 anos, e seus irmãos, gêmeos de 2 anos, foram deixados dormindo no apartamento de férias da família enquanto seus pais, Gerry e Kate McCann, comiam com amigos em um restaurante vizinho.

O pai saiu do jantar para verificar as crianças por volta das 21h locais e tudo parecia bem. Mas quando sua esposa checou uma hora depois, por volta das 22h, a menina não estava em lugar algum.

Surgiram rumores sobre seu paradeiro e o que havia acontecido naquela noite, já que o caso gerou uma busca internacional por um suspeito.

Os pais de Madeleine receberam posteriormente centenas de milhares de dólares em danos por difamação por causa de histórias que sugeriam infundadamente que o casal era o responsável pela morte de Madeleine.

A investigação inicial da polícia portuguesa na área próxima ao apartamento de férias foi duramente criticada. A busca estendeu-se rapidamente à região ao redor, mas não foi encontrado qualquer vestígio de Madeleine.

Em 2012, depois que a polícia de Londres revisou a investigação por ordem de David Cameron, então primeiro-ministro britânico, oficiais britânicos disseram que Madeleine ainda poderia estar viva.

Levaria quase 10 anos até que o foco da investigação mudasse em 2020 para um alemão, cujo nome não foi divulgado na época. No ano passado, a polícia portuguesa o nomeou como suspeito formal

O suspeito foi posteriormente identificado como Christian Brueckner, 45, pela mídia alemã. Ele viveu em Portugal intermitentemente de 1995 a 2007, tem antecedentes criminais, incluindo condenações por abuso sexual de crianças, e está cumprindo pena em uma prisão alemã pelo estupro de uma americana de 72 anos.

A investigação ficou paralisada por anos antes que as autoridades tomassem conhecimento desse homem, que morava a poucos quilômetros do local na época.

Desde então, a Procuradoria de Brunswick realizou a sua própria investigação, colaborando com as autoridades portuguesas e alemãs. O suspeito costumava passar algum tempo perto do reservatório, nos arredores da pequena cidade de Silves.

No início deste mês, os pais de Madeleine realizaram uma vigília em sua região nas Midlands inglesas para marcar os 16 anos desde seu desaparecimento e emitiram um breve comunicado observando que sua filha "ainda está desaparecida" e "ainda sentem muita falta".

"É difícil encontrar palavras para expressar como nos sentimos", acrescentou o comunicado da família McCann antes de agradecer às pessoas por seu apoio. "A investigação policial continua e esperamos um avanço".

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