Estadão Conteúdo
A Agência Aeroespacial dos Estados Unidos (Nasa) encontrou possíveis destroços da sonda espacial da ispace na Lua. A companhia japonesa tentou um pouso no satélite em 25 de abril, mas perdeu a comunicação com o equipamento pouco antes da aterrissagem. Se tivesse obtido sucesso na operação, seria a primeira empresa privada a promover um pouso na Lua.
Segundo a Nasa, em 26 de abril, sua espaçonave Lunar Reconnaissance Orbiter capturou dez imagens ao redor do local em que aconteceria o pouso da nave japonesa. As imagens cobriram uma região de aproximadamente 40 km por 45 km e registraram uma mudança de superfície incomum.
"A imagem mostra pelo menos quatro pedaços proeminentes de detritos e várias pequenas alterações", diz a agência norte-americana.
"A característica central na imagem acima mostra vários pixels brilhantes no canto superior esquerdo e vários pixels escuros no canto inferior direito. Isso é o oposto de pedregulhos próximos, sugerindo que pode ser uma pequena cratera ou diferentes partes do corpo da sonda", diz a Nasa.
A agência afirmou que o local será analisado nos próximos meses. A Lunar Reconnaissance Orbiter deve fazer observações adicionais sob várias condições de iluminação e ângulos para que se possa afirmar com certeza que se tratam dos destroços da Hakuto (nome dado pela ispace à sua sonda).
A Hakuto foi lançada ao espaço em 11 de dezembro de 2022. Após meses viajando em direção à Lua, iniciou uma descida controlada até a superfície do satélite. O objetivo era pousar perto da cratera Atlas.
Em uma live que mostraria o momento do pouso, em 25 de abril, a equipe da ispace foi surpreendida por um erro que fez com que a comunicação com Hakuto fosse perdida. A empresa desconsiderou então o pouso, mas divulgou imagens captadas antes da perda de comunicação.
O CEO e fundador da ispace, Takeshi Hakamada, disse posteriormente que a companhia pretende realizar uma nova missão à Lua em 2024. Segundo ele, as lições aprendidas na última experiência serão incorporadas na próxima tentativa.