ELEIÇÕES

Premiê da Espanha dissolve Parlamento e convoca novas eleições

A nova eleição ocorrerá em 23 de julho e o premiê espanhol não afirmou se concorrerá. Pelo calendário, as eleições gerais ocorreriam no fim do ano, mas a decisão já foi comunicada ao rei da Espanha, Felipe VI

Filipe Farias
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Filipe Farias
Publicado em 29/05/2023 às 22:36
Borja Puig de la Bellacasa / LA MONCLOA / AFP
Primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez, dissolveu o Parlamento e convocou novas eleições - FOTO: Borja Puig de la Bellacasa / LA MONCLOA / AFP

Da Estadão Conteúdo

O primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez, dissolveu ontem o Parlamento e convocou novas eleições. A medida foi aprovada pelo conselho de ministros e tomada após o resultado das eleições regionais de domingo, que indicaram uma dura derrota para o seu Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE).

Em alianças com a extrema direita espanhola, o Partido Popular (PP), principal adversário do PSOE, tirou dos socialistas o controle de quase todas as regiões do país, incluindo a Comunidade de Madri, além do governo de sete das dez maiores cidades.

Em discurso, Sánchez reconheceu responsabilidade na derrota e disse ter decidido convocar novas eleições para que "o povo espanhol tome a palavra para decidir o rumo político do país". "Assumo em primeira pessoa esses resultados e acredito ser importante submeter nosso mandato democrático à vontade popular", declarou.

Parlamentarismo

A nova eleição ocorrerá em 23 de julho e o premiê não afirmou se concorrerá. Pelo calendário, as eleições gerais ocorreriam no fim do ano. O premiê comunicou a decisão ao rei da Espanha, Felipe VI.

A Espanha tem um regime de monarquia parlamentarista - o rei é o chefe de Estado, responsável pelas Forças Armadas e por reconhecer o primeiro-ministro, mas não interfere no Executivo. Já o premiê tem a função de chefe de governo e é escolhido pelo Parlamento, eleito por voto popular. Sánchez comanda a Espanha desde 2019, depois de eleições também convocadas antes da hora.

Regionais

A seis meses das eleições nacionais, o PSOE sofreu um revés nas municipais e regionais. Sánchez entrou na campanha em desvantagem, lutando contra o desgaste natural do poder e a inflação elevada.

Além disso, a imagem do governo sofreu com os confrontos entre os parceiros de coalizão: os socialistas e a esquerda radical do Podemos, que também sofreu um retrocesso nas urnas no domingo.

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