A China restringiu neste domingo, 4, o acesso à Praça da Paz Celestial, no centro de Pequim, no aniversário do massacre de 1989. Em Hong Kong, a polícia prendeu 32 ativistas pró-democracia, uma decisão que mostra como o espaço para manifestações diminuiu na cidade.
Em 4 de junho de 1989, centenas de estudantes que defendiam a abertura política morreram durante a repressão do governo.
O Exército utilizou tanques na ação e soldados dispararam contra os manifestantes na praça. O número total de mortos depende da fonte, varia de 200 (a oficial) a mais de 3 mil jovens (a dos dissidentes).
Desde então o massacre virou um marco da dissidência chinesa e motivo de pânico do governo, que tenta evitar protestos. Ontem, em Hong Kong, os manifestantes se concentraram em vigílias ao redor da cidade.
SEGURANÇA
O governo chinês reforçou a segurança, enviando para as ruas 6 mil policiais, incluindo agentes de choque e antiterrorismo. A maioria dos detidos de ontem estava em Victoria Park, que costumava ser palco de uma vigília anual para lembrar o massacre de 1989.
Desde que a China acabou com a autonomia da cidade, os ativistas pró-democracia de maior destaque fugiram de Hong Kong ou foram detidos.
Mas, se a polícia chinesa reprimiu as manifestações na cidade, em Taiwan, ilha considerada rebelde por Pequim, cerca de 500 pessoas se reuniram na Praça da Liberdade, em Taipé, em solidariedade aos moradores de Hong Kong.