AMÉRICA CENTRAL

Panamá vira destino de viagem sustentável e é um dos três países negativos em carbono no mundo

Pesquisa realizada mundialmente afirma que 81% dos viajantes se interessam por viagens sustentáveis

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Lucas Moraes

Publicado em 07/06/2023 às 11:42
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Neste mês de junho, dedicado à sensibilização e à conscientização ambiental, é importante lembrar que grandes mudanças ligadas à sustentabilidade e ao meio ambiente estão acontecendo na indústria de viagens. Quase todos os setores do turismo, incluindo os próprios destinos, estão se voltando para soluções inovadoras que reduzem as emissões de carbono e consideram o meio ambiente em primeiro lugar. O Panamá, na América Central, é um dos três países negativos em carbono no mundo, e vem se consolidando como um destino ideal para os viajantes ambientalmente conscientes.

No último dia 24 de maio de 2023, o Panamá aprovou uma nova lei que garante às tartarugas marinhas o direito legal de viver e ter passagem livre em um ambiente saudável, impulsionando o movimento dos 'direitos da natureza'.

Segundo o Relatório de Viagens Sustentáveis de 2022, realizado mundialmente pela plataforma Booking, 81% das pessoas pensam em viajar de forma sustentável, 67% gostariam de encontrar mais opções neste formato e 71% desejam consumir esta tendência nos próximos 12 meses.

Entre as atividades oferecidas pelo Panamá aos viajantes que planejam uma visita ao país, valorizando e preservando o meio ambiente, estão participar de atividades sustentáveis, como caminhadas, observação de pássaros e visitas a áreas protegidas para apoiar os esforços locais de conservação e aprender mais sobre a rica biodiversidade do Panamá.

O Panamá tem mais de 16 parques nacionais e marinhos e quase 35% do país são designados como parques nacionais, reservas de florestas tropicais ou refúgios de vida selvagem.

Os viajantes podem conhecer as Florestas Nubladas, florestas tropicais úmidas, tanto no Oceano Pacífico quanto no Caribe, bem como no Parque Nacional Sarigua (conhecido como uma zona úmida de importância internacional como resultado de sua salinização).

Após a implementação da Global Ocean Alliance “30x30”, o Panamá se junta às poucas nações do mundo que alcançaram a proteção de mais de 50% de sua área marinha total, tornando-se o primeiro país dentre os latino-americanos a fazê-lo.

Ao designar mais de 46 áreas marinhas protegidas, o Panamá está garantindo a proteção de seus ecossistemas e conservando os sumidouros de CO2 que têm sido vitais para seu status negativo de carbono. Como resultado de fortes proteções oceânicas, o Panamá manteve oceanos saudáveis que servem como um destino ideal para que os turistas participem de atividades aquáticas, incluindo snorkeling e mergulho.

Os viajantes podem utilizar a rede de turismo comunitário do Panamá, SOSTUR, que é uma plataforma digital para as comunidades rurais compartilharem visão deles e apoiarem a implementação do turismo regenerativo. Os viajantes podem selecionar passeios em várias comunidades piloto com experiências imersivas que apoiam as comunidades locais.

O extenso sistema de transporte público do Panamá, incluindo ônibus, trens e linhas de metrô, também ajudou a reduzir a emissão de carbono. Desde fevereiro de 2023, o Panamá passou a exigir que todos os veículos de entidades públicas que usam combustível sejam substituídos por carros elétricos, almejando 40% de substituição dos transportes até o ano de 2030.

O país segue ainda comprometido em restaurar 50 mil hectares de territórios florestais, o que contribuirá para a absorção de aproximadamente 2,6 milhões de toneladas de CO2 até 2050. O Canal do Panamá pretende se tornar neutro em carbono até 2030. Só em 2020, já havia reduzido as emissões de CO2 em mais de 13 milhões de toneladas em comparação com rotas alternativas.

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