O presidente russo, Vladimir Putin, afirmou nesta sexta-feira, 9, que as tropas ucranianas iniciaram uma contraofensiva há muito esperada e estavam sofrendo perdas "significativas".
Seus comentários foram feitos poucas horas depois de uma série de ataques de drones dentro do território da Rússia.
O conflito entrou em uma nova fase complexa esta semana com a ruptura de uma barragem do rio Dnieper que enviou enchentes através de uma grande faixa da frente no sul da Ucrânia.
Dezenas de milhares de civis que já enfrentavam a miséria de bombardeios regulares fugiram para terrenos mais altos em ambos os lados da hidrovia inchada e extensa.
Kiev minimizou as conversas sobre uma contraofensiva, argumentando que quanto menos falar sobre seus movimentos militares, melhor.
Em falas após visitar zonas de inundação na quinta-feira, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse que estava em contato com as forças ucranianas "em todas as áreas mais críticas" e elogiou um "resultado" não especificado de seus esforços.
Kiev também não especificou se os reservistas foram mobilizados para a linha de frente da batalha, embora tenha recebido suporte militar robusto de seus parceiros ocidentais.
A vice-ministra da Defesa ucraniana, Hanna Maliar, disse que a Rússia estava na defensiva na província de Zaporizhzhia, no sudeste, embora o epicentro dos combates permanecesse no leste, particularmente na região de Donetsk. Ela descreveu "batalhas intensas" em Lyman, Bakhmut, Avdiivka e Marinka.
Antes das declarações, autoridades regionais no sudoeste da Rússia, perto da fronteira ucraniana, relataram nova onda de ataques de drones. Os ataques expuseram as vulnerabilidades dos sistemas de defesa aérea de Moscou.
As autoridades ucranianas geralmente negam qualquer participação em ataques dentro da Rússia. Esses ataques de drones, incluindo um próximo ao Kremlin, junto com os ataques na fronteira no sudoeste da Rússia trouxeram a guerra para os russos.