SUBMARINO DESAPARECIDO na verdade é um submersível; entenda a diferença e saiba tudo sobre a EXPEDIÇÃO turística para ver os destroços do famoso TITANIC que DESAPARECEU
Cinco pessoas entraram em um "submarino" para tentar chegar aos restos do Titanic; empresários e bilionários estão entre os tripulantes perdidos no Oceano Atlântico
Na manhã do último domingo (18), cinco pessoas entraram em um "submarino" para tentar chegar aos restos do Titanic, barco famoso que afundou em 15 de abril de 1912.
Os viajantes perderam comunicação depois de uma hora e 45 minutos de descida ao fundo do mar, e estão desaparecidos até agora no Oceano Atlântico.
Mas você sabia que a embarcação é, tecnicamente, um submersível, e não um submarino?
Veja na matéria abaixo a diferença.
SUBMARINO DESAPARECIDO: ENTENDA O CASO
No último domingo (18), uma expedição de turismo para ver os destroços do famoso Titanic, a bordo de um submarino, chamado Titan e operado pela empresa norte-americana OceanGate Expeditions, desapareceu no Oceano Atlântico.
Os destroços do Titanic estão localizados a cerca de 700 km ao sul de St John's, Newfoundland, no Canadá.
As equipes de resgate estão correndo contra o tempo para tentar localizá-lo porque o oxigênio deve durar, no máximo, até quinta-feira (22).
A operação está sendo feita em conjunto pelas Forças Aéreas dos Estados Unidos e do Canadá.
Às 11h40 desta terça-feira (20), a França se aliou as buscas.
O país vai enviar um navio, chamado Atalante, que é administrado pelo instituto de pesquisas Ifremer, e atua sob a alçada do ministério.
SUBMARINO DESAPARECIDO era dirigido por “controle” de videogame, não tinha motor próprio e se comunicava por sms
SUBMARINO x SUBMERSÍVEL: SAIBA A DIFERENÇA
Embora sejam muito parecidos, um submersível não é um veículo autônomo, como um submarino.
Um submersível como o que desapareceu perto dos destroços do Titanic têm mobilidade reduzida e uma capacidade limitada para permanecer debaixo d'água, e são utilizados normalmente para a pesquisa científica e exploração do fundo do mar.
O submersível depende de um navio, com sistemas de navegação para orientar sua viagem remotamente, e de uma plataforma de apoio, submersa a cerca de 10 metros, para conseguir descer até o local e retornar à superfície.
"Uma vez submersa, ela usa um sistema de flutuação de amortecimento de movimento para permanecer acoplada à superfície e ainda fornecer uma plataforma subaquática estável, da qual nossos submersíveis tripulados partem e retornam após cada mergulho", diz o site da empresa OceanGate.
Um submarino, em geral, tem a capacidade de ficar mais tempo submerso, podendo fazer viagens de meses, apenas com alguns breves retornos à superfície para captar ar.
Ele também é bem maior e se move mais rapidamente, cobrindo grandes distâncias.
EXPEDIÇÃO TURÍSTICA PARA VER OS DESTROÇOS DO TITANIC
O submersível Titan, que desapareceu no Atlântico, operado pela OceanGate Expeditions, é utilizado para levar turistas até o local do naufrágio do Titanic.
O Titan tem oxigênio para que as cinco pessoas a bordo sobrevivam 96 horas, segundo a empresa OceanGate.
O Titan tem o formato de um tubo estreito, com uma escotilha de entrada na parte frontal, mede 6,7 metros de comprimento e 2,8 metros de largura.
Sua velocidade máxima é de três nós, ou seja, 5,5 km por hora.
Os turistas que desejam ver o Titanic pagam 250 mil dólares (cerca de 1.19 milhão de reais na cotação atual) pela viagem.
O QUE TERIA ACONTECIDO
A cada 10 metros de descida no mar a pressão da atmosfera aumenta.
Isso significa que na profundidade do Titanic a pressão é 380 vezes superior à da superfície da Terra.
Na melhor das hipóteses, segundo o especialista da Universidade de Sydney, o Titan perdeu a capacidade de comunicação ou ficou sem energia.
Nesse caso, seu sistema de emergência o lançaria automaticamente até a superfície, o que permite a localização da nave.
O segundo cenário é que o submarino desceu até o fundo do mar, intacto.
Encontrar e resgatar o Titan nesse caso seria extremamente complicado.
Ainda segundo este especialista, há veículos de resgate capazes de descer até 6.000 metros de profundidade, mas leva tempo para transportá-los até o local do desaparecimento e depois ao fundo do mar.
O pior cenário seria um incêndio ou algum tipo de acidente que afetou a pressão interna do veículo.
Isso seria "uma falha catastrófica a esse nível de profundidade", indicou.
Com informações da AFP.