SEGURANÇA

Otan está pronta para se defender de 'Moscou ou Minsk', diz Stoltenberg

Secretário-geral da aliança transatlântica destacou que a Otan decidirá fortalecer seus sistemas de defesa durante uma cúpula em meados de julho, na Lituânia

Filipe Farias
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Filipe Farias
Publicado em 27/06/2023 às 21:05
Reprodução do Twitter / @NATO
Secretário da Otan insistiu no fato de que o Ocidente "não deve subestimar a Rússia" apesar dos eventos caóticos do fim de semana passado - FOTO: Reprodução do Twitter / @NATO

Da AFP

A Otan está pronta para se defender de qualquer ameaça vinda "de Moscou ou de Minsk", afirmou, nesta terça-feira (27), o secretário-geral da aliança transatlântica, Jens Stoltenberg, após a chegada do chefe do grupo paramilitar Wagner, Yevgeny Prigozhin, a Belarus.

Stoltenberg destacou que a Otan decidirá fortalecer seus sistemas de defesa durante uma cúpula em meados de julho, na Lituânia, para proteger todos os seus membros, especialmente aqueles que fazem fronteira com a Rússia e Belarus.

"É cedo demais para fazer um juízo definitivo sobre as consequências da instalação de Prigozhin em Belarus e sobre a muito provável presença em Belarus de parte de suas forças", declarou Stoltenberg à imprensa.

"O que está claro é que temos enviado uma mensagem clara a Moscou e Minsk: a Otan está ali para proteger cada aliado e cada parcela do território da Otan", declarou em Haia, após um jantar com sete chefes de Estado e de governo dos países-membros da organização.

"Não há lugar para nenhum mal-entendido em Moscou ou em Minsk quanto à nossa capacidade de defender os aliados de toda ameaça potencial", acrescentou.

Ele também insistiu no fato de que o Ocidente "não deve subestimar a Rússia" apesar dos eventos caóticos do fim de semana passado.

CHEGADA DE PRIGOZHIN

Belarus anunciou nesta terça-feira (27) a chegada de Prigozhin ao seu território no âmbito do acordo que pôs fim à sua rebelião de 24 horas, iniciada no sábado na Rússia.

O primeiro-ministro holandês, Mark Rutte, anfitrião do jantar, refutou, por sua vez, as afirmações do presidente russo, Vladimir Putin, de que o Ocidente deseja que os russos se matem entre si.

"Repudio o que Putin deu a entender ontem, quer dizer, que nós, os ocidentais, queremos que a Rússia afunde no caos interior. Ao contrário, a instabilidade na Rússia gera instabilidade na Europa", disse Rutte.

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