TOQUE DE RECOLHER

Na França, cidade impõe toque de recolher por tumultos após morte de adolescente pela polícia

O ministro do Interior, Gerald Darmanin, disse que somente na região de Paris, o número de oficiais destacados mais que dobraria para 5.000

Filipe Farias
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Filipe Farias
Publicado em 29/06/2023 às 21:30
Kenzo TRIBOUILLARD / AFP
A cidade de Clamart, na região de Paris, anunciou que está estabelecendo um toque de recolher durante a noite - FOTO: Kenzo TRIBOUILLARD / AFP

Da Estadão Conteúdo

A cidade de Clamart, na região de Paris, com 54.000 habitantes, anunciou que está estabelecendo um toque de recolher durante a noite, que se estende até o fim de semana, em resposta aos tumultos desencadeados pelo tiro mortal da polícia contra um adolescente suburbano.

O município "o risco de novas perturbações da ordem pública" para a decisão, após duas noites de agitação urbana. Um policial em um subúrbio de Paris recebeu uma acusação preliminar de homicídio voluntário na quinta-feira, após o assassinato de um jovem de 17 anos que provocou duas noites de tumultos, enquanto o governo francês prometeu restaurar a ordem e reprimir a violência que se espalhou para outras cidades.

Os ministros se espalharam por áreas marcadas pelo súbito início de tumultos pedindo calma, mas também alertando que a violência que feriu dezenas de policiais e danificou quase 100 prédios públicos não poderia continuar.

REFORÇO POLICIAL

Após uma reunião matinal sobre a crise, o ministro do Interior, Gerald Darmanin, disse que o número de policiais mobilizados mais do que quadruplicaria, de 9.000 para 40.000. Somente na região de Paris, o número de oficiais destacados mais que dobraria para 5.000.

Apesar de uma presença policial reforçada na noite de quarta-feira, a violência recomeçou após o anoitecer com manifestantes disparando fogos de artifício e atirando pedras contra a polícia em Nanterre, que disparou repetidas rajadas de gás lacrimogêneo.

Darmanin disse que 170 policiais ficaram feridos nos distúrbios, mas nenhum dos feridos corria risco de vida. Pelo menos 90 edifícios públicos foram vandalizados.

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