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Twitter substitui logo do pássaro azul por um 'X'

Alguns usuários relataram ter visto uma versão azul do novo ícone, o que sugere que o lançamento ainda não foi concluído

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Publicado em 24/07/2023 às 20:40 | Atualizado em 24/07/2023 às 20:40
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Estima-se que o Twitter tenha cerca de 200 milhões de usuários ativos diariamente - FOTO: OLIVIER DOULIERY / AFP

O Twitter implementou nesta segunda-feira (24) o seu novo logotipo, substituindo o pássaro azul por um X branco com fundo preto, como parte de uma reformulação mais ampla.

O site da rede social já mostra o novo logo da empresa, no entanto, a URL ainda permanece como 'twitter.com', bem como o botão azul de 'Tweetar'.

Alguns usuários relataram ter visto uma versão azul do novo ícone, o que sugere que o lançamento ainda não foi concluído.

Ao anunciar as mudanças neste fim de semana, o proprietário do Twitter, Elon Musk, e sua nova diretora-executiva, Linda Yaccarino, afirmaram que a rede social será focada no comércio online, serviços bancários e pagamentos.

"E em breve daremos adeus à marca Twitter e, aos poucos, a todos os pássaros", disse o magnata em sua conta na plataforma. O empresário também alterou sua foto de perfil com o novo logo, o qual descreveu como "art deco minimalista".

Yaccarino, executiva de vendas de anúncios da NBCUniversal, recrutada por Musk no mês passado, disse que a rede social está prestes a multiplicar seu alcance.

"Potencializada pela IA (inteligência artificial), X nos conectará de maneiras que apenas começamos a imaginar", afirmou a diretora-executiva no domingo.

SUICÍDIO CORPORATIVO DO TWITTER?

Fundado em 2006, o Twitter utilizava o ícone de um pássaro azul claro desde sua criação, quando a empresa comprou o desenho por US$ 15 (R$ 71,92), de acordo com o site de design Creative Bloq.

A alteração do logotipo foi recebida com críticas e nostalgia, pois o pássaro havia se tornado um símbolo da era das redes sociais.

Martin Grasser, um dos designers originais da marca, escreveu que o logo buscava ser "simples, equilibrado e legível em tamanhos muito pequenos".

O fundador do Twitter, Jack Dorsey, que aprovou o design em 2012, respondeu a Grasser com um emoji de uma cabra, que por uma brincadeira com a palavra em inglês significa "o melhor de todos os tempos".

Esther Crawford, ex-chefe de produto no Twitter, por sua vez, disse que a mudança equivalia a uma forma de "seppuku corporativo", em referência ao ritual japonês de suicídio de samurais.

Esse tipo de manobra "costuma ser cometida por novas gestões em busca de cortes de custo devido a uma falta de entendimento sobre o negócio principal ou descaso pela experiência do usuário", acrescentou.

Vanitha Swaminathan, professora de marketing da Universidade de Pittsburgh, alertou que há um risco real de prejuízos futuros para a empresa.

"Sempre que há uma mudança de nome, os clientes não gostam", disse. "Mas, neste caso, se eles realmente desejam seguir uma direção diferente, ou se querem se livrar de parte da publicidade negativa, esta é uma boa maneira de dar um novo começo a si mesmo", acrescentou.

NOVAS FONTES DE RECEITA

Desde que o bilionário comprou o aplicativo por US$ 44 bilhões (aproximadamente R$ 211 bilhões) em outubro, a plataforma perdeu quase metade de sua receita publicitária. Os anunciantes rejeitaram o estilo de gestão de Musk e as demissões em massa que destruíram a moderação de conteúdo.

A resposta do proprietário foi introduzir serviços pagos na plataforma para obter novas receitas.

O fundador da Tesla, de 52 anos, disse anteriormente que sua aquisição do Twitter no ano passado foi "um acelerador para criar o X, o aplicativo para tudo", uma referência à empresa X.com que ele fundou em 1999, cuja versão posterior se tornou o PayPal.

Musk já renomeou a empresa controladora do Twitter como X Corporation.

Estima-se que o Twitter tenha cerca de 200 milhões de usuários ativos diariamente, mas a rede social sofreu repetidas falhas técnicas nos últimos tempos.

Desde que Musk comprou a plataforma, muitos usuários e anunciantes têm criticado a cobrança por serviços que eram gratuitos, bem como o retorno de contas de direita que haviam sido banidas.

No início de julho, a Meta, controladora do Facebook, lançou sua própria rede social focada em texto, a Threads. Segundo estimativas, o novo aplicativo conta com cerca de 150 milhões de usuários, no entanto, o tempo de uso das contas ativas caiu nas últimas semanas, de acordo com dados da empresa Sensor Tower.

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